Criminosos estariam se comunicando de dentro de presídios diferentes e ameaçando testemunhas no processo.
Os acusados de participação na morte do presidente do Partido dos Trabalhadores no município de Serra do Mel foram transferidos para o presídio federal de Mossoró. Sete homens e uma mulher são réus no processo do assassinato de Edinaldo Filgueira e seis deles foram transferidos nesta terça-feira.
A decisão veio do juiz corregedor da unidade federal após investigações que apontavam para a continuidade de prática criminosa por parte dos presos. De acordo com o que foi apurado pelo Portal BO, escutas telefônicas feitas com autorização da justiça teriam indicado que os réus no processo, mesmo estando em unidades estaduais diferentes, estavam conversando entre si e se articulando.
Eles teriam, inclusive, tentado coagir testemunhas de dentro dos presídios. Com isso, a polícia resolveu pedir a transferência para o presídio federal, que é considerado de segurança máxima. Os réus no processo são: Rafânio Brito de Azevedo; Ranielly Brito de Azevedo; Daniel dos Santos Azevedo; Paulo Ricardo da Costa; Marcelio de Sousa Moura; Abinadab Ismael Nunes Pereira da Silva; Francisco Fábio Ferreira; e Cícera Soares da Silva.
O processo transcorre na 1ª Vara Criminal. Nesta terça-feira, a juíza Ana Cláudia Secundo da Luz Lemos publicou: “Tendo em vista a decisão do Juiz Corregedor da Penitenciária Federal de Mossoró, oficie-se aos diretores das unidades prisionais para que transfira os réus para a Penitenciária Federal de Mossoró/RN. Solicite a devolução das Cartas Precatórias remetidas aos juízos diversos sem o cumprimento, tendo em vista a transferência dos acusados. Com exceção, dos acusados que não foram transferidos, no caso Marcelio de Sousa Moura e Francisco Fábio Ferreira, expedindo-se para tanto mandados de citações dos que já se encontram recolhido nesta Comarca (Penitenciária Federal e DEAM)”.
Entenda o caso
Ednaldo Filgueira, que além de presidente do PT, era jornalista, foi assassinado a tiros no dia 15 de junho. No dia 4 de julho, a Polícia Civil, juntamente com a Polícia Federal, desarticulou o bando responsável pelo crime e apreendeu várias armas de grosso calibre. Diante das provas, ficou constatado que ele havia morrido por encomenda, mas até o momento, a polícia não chegou ao mandante.
Ednaldo Filgueira, que além de presidente do PT, era jornalista, foi assassinado a tiros no dia 15 de junho. No dia 4 de julho, a Polícia Civil, juntamente com a Polícia Federal, desarticulou o bando responsável pelo crime e apreendeu várias armas de grosso calibre. Diante das provas, ficou constatado que ele havia morrido por encomenda, mas até o momento, a polícia não chegou ao mandante.
No dia 28 de agosto, a justiça havia aceitado a denúncia do MP, que afirmou: “A existência do crime está deveras demonstrada pelas provas colacionadas aos autos, em especial as conversas entre os acusados para execução do possível crime, demais laudos, apreensão das armas e dos objetos. Com efeito, observa-se que os acusados agiam em comunhão de desígnios, formando uma quadrilha que estar sendo apontada pela autoridade policial como responsável por crimes de homicídio por encomenda e que agia com utilização de armamento pesado. Registre-se, ademais, que pelo que consta no relatório policial, ainda não foi descoberta a autoria intelectual do homicídio”.
Fonte:sentinelas do apodi
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