O deputado fez pronunciamento na Assembleia Legislativa do RN e cobrou medidas urgentes.
Confira
Senhor Presidente:
Peço a palavra para registrar, minha extrema indignação diante da passividade do Estado, com o verdadeiro clima de terror que toma conta da Região Oeste do Rio Grande do Norte.
A violência e a ousadia dos marginais estão amedrontando a população que vive nas cidades e que se desloca nas estradas, pela absoluta falta de policiamento preventivo e ostensivo, além do sucateamento da estrutura oferecida a esses policiais.
Como se não bastasse a indiferença em relação à seca, tema sobre o qual me pronunciei aqui nesta Casa em dias recentes, a insegurança vem sendo tratada com um sentimento imperdoável: a omissão.
Recebo todos os dias, senhor presidentes e meus caros colegas – eu disse todos os dias – relatos de pessoas aflitas, pessoas que foram assaltadas, agredidas, que tiveram parentes mortos ou feridos pela brutalidade dos bandidos que voltaram a tomar conta da região.
É uma rotina que massacra trabalhadores, estudantes que se deslocam em alternativos para comparecer a universidades e escolas de segundo grau, a pobres doentes que vêm a Natal para tratamento.
É a ROTA DO MEDO. Ali entre Triunfo Potiguar, Caraúbas, Paraú, Campo Grande, Janduís, Messias Targino e Patú, é preciso ter coragem suicida para circular à noite ou pela madrugada. São emboscadas, assaltos, roubo de carros, motos, cargas.
Há um velho ditado de que casa abandonada, chama ladrão e o Oeste está abandonado. Os bandidos estão se aproveitando da ineficiência do Estado e agindo ao bel prazer, sem serem incomodados.
Vou citar exemplos para tentar sensibilizar quem pode fazer algo e insiste em reuniões e planos. Violência se resolve com polícia dura e forte. O caso é grave como o do doente com fratura exposta pedindo socorro e recebendo um esparadrapo para resolver. O caso é de calamidade pública.
O município de Janduís, por onde circula quem vai para o Alto Oeste ou quem vem de lá, passou 30 dias, senhor presidente, sem NENHUM POLICIAL. NENHUM.
Na última segunda-feira, a população de Messias Targino entrou em pânico . Marginais saquearam o comércio, atacaram lojistas, roubaram e ameaçaram as pessoas, sem qualquer reação do Estado.
Hoje, a Polícia Civil dispõe de TRÊS HOMENS. DE TRÊS HERÓIS EU DIRIA, para atender todo o Médio Oeste, cuja principal cidade onde inclusive há uma companhia de polícia é Patu.
O GTO, que é o Grupo Tático de Patu, também tem três homens para enfrentar o crime.
A quem iremos recorrer? Lá se vão quase seis meses de Governo. Cadê a segurança prometida?
Lembro que, há algum tempo, não muito tempo atrás, a vontade política de outros governos fez com que o Oeste retomasse a tranquilidade com o combate efetivo a quadrilhas que mandavam na região. Os bandidos foram simplesmente varridos de lá.
O OESTE SEM LEI está imperando outra vez. Além da seca, o medo. O que esse povo fez para sofrer tanto? Não há mais desculpas. É preciso ação, maior efetivo, mais estrutura de viaturas e armamentos.
Não quero, Deus me defenda, ter que voltar aqui para falar sobre tragédias de maior proporção que são iminentes, diante do silêncio e do descaso, pecados que o povo não merece pagar.
Fonte:Blog do Campelo