quarta-feira, 12 de maio de 2010

João Pessoa (PB) é a cidade brasileira de maior consumo de crack no público escolar

Levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas e pela Universidade Federal de São Paulo indica: João Pessoa é a cidade de maior consumo de consumo de crack entre os estudantes de ensino público fundamental e médio.

De acordo com revelações da pesquisadora Solange Nappo em entrevista à jornalista Michele Souza, para o programa Correio Debate, da Rádio 98/FM (Rede Correio Sat) João Pessoa ultrapassa todas as cidades do Nordeste, do Sul e Sudeste no consumo da droga nesta faixa etária.

A pesquisa foi feita em 2007 com estudantes das redes municipal e estadual de ensino, na Capital. “Em uso na vida (a categoria que alguma vez comprou e consumiu a droga) 2,5% da população estudada em João Pessoa já comprou crack em algum local e usou. Se considerarmos que quem consome crack uma vez não tem mais retorno, realmente João Pessoa surpreende”, afirmou a pesquisadora.

A pesquisa, segundo Solange Nappo, não revela como os consumidores adquirem a droga. Mas ele acredita que não é diferente do que há em São Paulo, por exemplo: o tráfico se organiza para distribuição da droga. “O garoto vai na boca comprar maconha, não encontra, e o traficante oferece outra droga ‘interessante’. O garoto consome o crack para experimentar e cai na dependência”, acrescentou a pesquisadora.

Solange ainda comentou que a faixa etária pesquisada em João Pessoa “é muito vulnerável porque é muito sedenta de prazer. Ela quer o prazer hoje e nunca nada lhe satisfaz”.

Para ela, a organização da sociedade ainda não é eficiente. “Estamos perdendo um pouco essa batalha, tanto na área da repressão como na saúde, esta porque não dá para se multiplicar rapidamente tanto quanto o comércio da droga. A droga é um desafio para a área da saúde por causa de suas características. Essa pessoa busca tratamento quando a morte começa lhe rodear, mas já está totalmente fora da sociedade, com problemas físicos, psíquicos”, acrescentou.


Aquecimento global pode deixar até metade do planeta inabitável nos próximos três séculos


Brasília - O aquecimento global pode deixar até metade do planeta sem condições de ser habitado nos próximos três séculos, segundo estudo elaborado pelas universidades de New South Wales, na Austrália, e de Purdue, nos Estados Unidos. Para essa conclusão foram considerados os piores cenários de modelos climáticos. As informações são da BBC Brasil.

O estudo, publicado na última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences, informa, no entanto, que é improvável que isso ocorra ainda neste século. Mas é possível que no século 22 várias regiões estejam sob calor intolerável para humanos e outros mamíferos.

“Descobrimos que um aquecimento médio de 7 graus Celsius (°C) faria com que algumas regiões ultrapassassem o limite do termômetro úmido [equivalente à sensação do vento sobre a pele molhada], e um aquecimento médio de 12ºC deixaria metade da população mundial em um ambiente inabitável”, disse o pesquisador Peter Huber, da Universidade de Purdue.

Segundo os cientistas, ao calcular os riscos das emissões de gases atuais, é necessário considerar os piores cenários, como os previstos no estudo. Ao mencionar um aquecimento médio de 12ºC, Huber disse que isso significaria até 35ºC no chamado termômetro úmido nas regiões mais quentes do planeta.

Atualmente, segundo o estudo, as temperaturas mais altas nessa medida nunca ultrapassam 30ºC. A partir de 35ºC no termômetro úmido, o corpo humano só suportaria algumas horas antes de entrar em hipertermia (sobreaquecimento).

Huber comparou a escolha a um jogo de roleta-russa, em que "às vezes o risco é alto demais, mesmo se existe apenas uma pequena chance de perder". O estudo também ressalta que o calor já é uma das principais causas de morte por fenômenos naturais e que muitos acreditam, erroneamente, que a humanidade pode simplesmente se adaptar a temperaturas mais altas.

"Mas, quando se mede em termos de picos de estresse incluindo umidade, isso se torna falso", afirmou o professor Steven Sherwood, da Universidade de New South Wales.

Calcula-se que um aumento de apenas 4ºC medido por um termômetro úmido já levaria metade da população mundial a enfrentar um calor equivalente a máximas registradas em poucos locais atualmente.

Com informações da Agência Brasil.

Iberê tem dez dias para substituir logomarca do Governo do RN


Procurador geral de Justiça recomendou que governador utilize imagem que não contenha qualquer forma de caracterização pessoal.

O procurador geral de Justiça, Manoel Onofre de Souza Neto, encaminhou ofício nesta
quarta-feira (12) recomendando que o governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) retire, em dez dias, a logomarca do Governo do Rio Grande do Norte (ver foto) da publicidade oficial.

De acordo com o procurador, o Ministério Público do Estado se baseou em um laudo pericial elaborado pela professora de semiótica Taciana de Lima Burgo. “Com o laudo em mãos, vimos que há a possibilidade de efetivamente haver a vinculação da imagem da pessoa do governador com o símbolo 'i' da logomarca", disse.

De acordo com a Constituição Federal, em seu artigo 37, a publicidade dos órgãos públicos deve ter caráter informativo ou educativo, e não promoção pessoal. Manoel Onofre acrescentou que, caso o governador não atenda a recomendação, poderá ajuizar "ação civil pública de responsabilidade pela prática de ato de improbidade administrativa".

O laudo da professora será encaminhado também para a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/ RN), que investiga a prática de campanha eleitoral antecipada.

Polêmica
No dia 09 de abril de 2010, o procurador geral de Justiça determinou que fosse feito um estudo técnico por profissionais das áreas de linguística, semiótica e publicidade, para analisar a logomarca do Governo do Estado.

A logomarca contém o desenho de um mapa do Rio Grande do Norte com um conjunto de figuras que produzem uma imagem de diversas pessoas e/ou da letra "i". Como o nome do governador se inicia com "i", surgiu a necessidade de definir se havia ou não na logomarca uma referência à pessoa do chefe do Poder Executivo Estadual.