sábado, 20 de setembro de 2014

Jornalista norte-americano diz que CIA provocou morte de Eduardo Campos

Segundo Madsen, a morte de Campos colocou Marina Silva, sua substituta na chapa, como “ameaça” à campanha pela reeleição de Dilma Rousseff (PT). “A derrota de Rousseff seria um sinal de vitória para a administração de Obama, que quer tirar de cena presidentes progressistas na América Latina”, diz o texto.
“Marina Silva, que é pró-Israel e seguidora da igreja pentecostal Assembleia de Deus, é muito mais a favor dos empresários e dos Estados Unidos do que Rousseff, do esquerdista Partido dos Trabalhadores”, continua o jornalista. Ele ainda afirma que Dilma e o BRICS (grupo de países emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão tentando “desafiar a supremacia no Banco Mundial operado pelos EUA”.
De acordo com Madsen, Marina é uma “marionete” do empresário húngaro George Soros, famoso especulador na bolsa de valores norte-americana e um dos maiores financiadores da campanha de Barack Obama à Presidência dos EUA em 2008. Para o jornalista, ela representa um suposto movimento internacional chamado “Terceiro Caminho”, do qual participariam Bill Clinton, Tony Blair, o presidente francês François Hollande e Fernando Henrique Cardoso, entre outros políticos e empresários.
“Quando se torna vantajoso matar um membro do ‘Terceiro Caminho’ para promover outro, não há problema em eliminar alguém como Eduardo Campos para abrir caminho para uma política mais popular (e controlada) como Marina Silva, especialmente se os interesses de Israel e Wall Street estão em questão”, afirma Madsen.
O jornalista corrobora suas afirmações citando outros políticos sul-americanos que morreram em circunstâncias supostamente “misteriosas”. Os presidentes Jaime Roldos Aguilera, do Equador, e Omar Torrijos, do Panamá, foram vítimas de acidentes aéreos em 1981 e, de acordo com Madsen, a impressão digital de um ex-agente da CIA foi encontrada nas cenas das duas tragédias.
“Uma análise da história pós-Segunda Guerra Mundial revela que, de todas as maneiras que serviços de inteligência usaram para eliminar ameaças politicas e econômicas, assassinato por queda de avião aparece em segundo lugar, logo após acidentes de carro e envenenamento, e pouco antes do uso de armas de fogo e munição, como o modus operandi favorito da CIA para assassinatos políticos”, acrescenta Madsen.
O modelo do avião que levava Eduardo Campos, a falta de registros de voz na caixa preta do veículo e a agência norte-americana chamada para auxiliar nas investigações são indícios, segundo o jornalista, de que a morte do ex-governador de Pernambuco foi orquestrada pela CIA.
Madsen cita as recentes pesquisas eleitorais no Brasil, que preveem a vitória de Marina Silva num eventual segundo turno contra Dilma, como sinal do “sucesso” na operação do governo dos EUA. Para ele, porém, essas mesmas pesquisas não passam de “artifícios de agência de inteligência ocidentais e corporações, usadas para induzir a opinião pública e engatar uma programação previsível de controle da população”.
Outro colunista da Fundação de Cultura Estratégica, o jornalista e escritor Nil Nikandrov, concorda com as afirmações de Madsen. Ele publicou nesta sexta-feira (12/9) um texto semelhante, intitulado “Candidata apoiada pela CIA concorre à Presidência do Brasil”.
Fonte:Portal Imprensa

A partir deste sábado nenhum candidato às eleições pode ser preso

Segundo o Código Eleitoral, a não ser em caso de flagrante, nenhum candidato pode ser preso a partir deste sábado. A proibição visa impedir o uso político de prisões

A partir de hoje, nenhum candidato a um cargo nas eleições desde ano pode ser preso. Segundo o artigo 236 do Código Eleitoral, há uma exceção para caso de flagrantes. Mesários e fiscais de partido gozam da mesma proteção.
A partir do dia 30 de setembro, todos os eleitores terão o mesmo benefício, que vigorará até 48 horas depois do encerramento das votações. Neste período, nenhuma autoridade poderá prender qualquer eleitor. Há exceções para flagrantes, sentença criminal condenatória por crime inafiançável ou ainda desrespeito à salvo-conduto.
A medida, que está presente desde o Código Eleitoral de 1932, tem o objetivo de garantir que a eleição não seja prejudicada por conta do uso político de prisões e abusos de autoridade.
O Código Eleitoral de 1932 vedava a prisão de eleitor nos cinco dias antes ao início da eleição e  até 24 horas após o seu encerramento, salvo na única hipótese de flagrante delito. Anos mais tarde, em 1950, foi incluída a garantia também aos candidatos, que tiveram a restrição ampliada para desde 15 dias antes do início da eleição.
Os 15 dias foram estabelecidos por este ser um periodo decisivo para a eleição, já que muitos eleitores tendem ter certeza do voto durante o período.
O desrespeito à salvo-conduto só foi incluído como exceção à regra em 1965 no Código Eleitoral que vigora até hoje.

Fonte: Exame