sexta-feira, 23 de maio de 2014

Falta de chuvas força ampliação de rodízio no abastecimento d’água

A tão esperada chuva para o Rio Grande do Norte deve chegar ao final do mês de maio, mas somente para as regiões Leste e Agreste potiguar. A nova previsão foi anunciada ontem pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) durante a II Reunião de Análise e Previsão Climática para o Leste da Região Nordeste, em Aracajú. As regiões do Alto Oeste e Seridó potiguar, porém, veem o inverno se encerrar, no início de junho, sem o reabastecimento dos reservatórios de água.
A maior parte das cidades do interior do Estado enfrenta o racionamento de água. Acari entrou, na última quarta-feira, para a lista das cidades potiguares abastecidas por sistema de rodízio: dividida em dois setores, com abastecimento revezado a cada 24 horas. O único manancial que abastece a cidade, o açude Gargalheiras, está com apenas 9,8% da sua capacidade. De acordo com o último boletim pluviométrico da Emparn, foram registrados apenas 231 milímetros de chuva no município do início do ano até ontem (22/05)
A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) afirma que a maior parte dos municípios do Alto Oeste e Seridó também está sendo abastecida por algum tipo de sistema de rodízio, mas não soube precisar quantos ou quais  enfrentam essa situação.

Hoje, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos (Semarh), se reúne com o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) e Caern para discutir alternativas para o abastecimento do Seridó. O debate acontece em Currais Novos, cidades  com abastecimento também crítico, que desde 2013 tem a água fornecida em regime 24h-48h. Cada um dos três setores divididos pela companhia recebe água por 24 horas e tem o abastecimento suspenso por 48 horas. Em Currais, choveu apenas 257.7 desde o começo do ano.

De acordo com o meteorologista-chefe da Emparn, Gilmar Bistrot, a garantia de chuvas para o Leste e Agreste potiguar é causado pela mudança dos ventos. “O bloqueio causado pela alta pressão do Atlântico Sul diminuiu. Ele impedia a chegada de chuvas no nordeste”, explicou o representante. Segundo ele, essas chuvas são essenciais para a reposição dos mananciais, como as lagoas do Bonfim e do Jiqui, que abastecem a maior parte das adutoras do Agreste.

Volume de chuvas
A estimativa é que as chuvas no litoral e agreste do RN tenham início no final de maio e se estendam por até três meses. A previsão é de precipitações “dentro da normalidade” para as duas regões: no Litoral, o volume de chuvas fica entre 500mm e 600mm; já no Agreste, a estimativa fica entre 200mm e 400mm.

Porém, no Alto Oeste e Seridó, onde a pouca chuva não melhorou o nível dos mananciais, o sertanejo não pode ter tanta esperança. A quadra chuvosa nessas regiões, que deveria ter se iniciado em março, se encerra no começo do próximo mês. “O Seridó pode receber alguma chuva boa, mas só se for uma frente fria, mas são eventuais”, acrescentou Gilmar Bistrot. O meteorologista também acredita que as chuvas do interior não foram suficientes para recarregar o sistema hídrico, para garantir um abastecimento em longo prazo.

Números
9,8% é o percentual atualizado do volume de água no açude  gargalheiras, em Acari
231 milímetros de chuva foi o volume registrado no município de Acari do início do ano até ontem (22/05)

Fonte:Tribuna do Norte

Copa baterá todos os recordes financeiros da história; Fifa ultrapassará US$ 4 bilhões

As contas são da revista IstoÉ. Dados oficiais da Fifa apontam que, pelo menos do lado financeiro e de marketing, o Mundial que começa no dia 12 de junho, em São Paulo, baterá todos os recordes da história do futebol. Será a Copa mais cara, a mais lucrativa, a que distribuirá maiores prêmios, a que será vista por um número inédito de pessoas, a que mais teve ingressos pedidos e a que terá em campo os craques mais caros da história do futebol. Das seleções aos clubes, dos atletas aos cartolas, todos sairão do Brasil com um volume de dinheiro inédito nos bolsos.
A renda da Fifa ultrapassará a marca de US$ 4 bilhões, mais de US$ 800 milhões acima do que a entidade obteve na África do Sul em 2010. Mas a entidade insiste que nunca gastou tanto com um evento quanto a Copa no Brasil. No total, o investimento da Fifa teria chegado perto de US$ 2 bilhões. Para ter o direito de transmitir a Copa, redes de televisão pagaram um valor recorde para a Fifa: cerca de US$ 1,7 bilhão. A expectativa é de que a audiência seja recorde.
Na final da Copa em 2010, 530 milhões de pessoas assistiram a Espanha levantar o troféu. Desta vez, os números devem bater essa marca. No Brasil, mais de 14 mil jornalistas foram credenciados para o evento, outro recorde. Os estádios também bateram recordes, com gastos feitos no Brasil de mais de R$ 8,5 bilhões para as doze arenas, três vezes o que a CBF havia indicado para a Fifa em 2007. O valor é ainda o equivalente a tudo o que a Alemanha e a África do Sul gastaram em duas Copas do Mundo, juntas.
Fonte:O Xerife

Adesão da UERN ao ENEM/SiSU é aprovada em audiência pública

A proposta de adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), como única forma de ingresso na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, discutida em audiência pública, na Câmara Municipal de Mossoró, nesta quinta-feira (22), recebeu a aprovação de representantes do Legislativo, das redes de ensino privada e pública (estadual e municipal), professores e estudantes da instituição. Enfim, de todos os que estavam na mesa debatedora. Apenas um pequeno grupo de estudantes secundaristas foi contrário à possível decisão que é de competência do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE).
O primeiro a falar foi o diretor da Comissão Permanente do Vestibular (COMPERVE), Egberto Mesquita, que destacou a importância de a UERN aderir ao ENEM/SiSU. “Nós temos uma verba em torno de dois milhões para investir na permanência dos nossos alunos”, frisou.
José Carlos Pavão, Pró-Reitor de Ensino de Graduação da UFERSA, apresentou as vantagens de se aderir ao programa. “Ao aderir ao SiSU, você integra um sistema eletrônico com toda uma confiabilidade de gerência de sistema”, disse. Ele explicou que 76% dos alunos da UFERSA são do Rio Grande do Norte. “É importante a presença de estudantes de outros estados pela troca de experiências culturais. Mas a mobilidade é pequena”, acrescentou.
A professora Edcleide Vilani Alves, representando a 12ª Diretoria Regional de Educação (DIRED), disse que a adesão ao ENEM/SiSU é importante, principalmente para os alunos da rede pública. “As políticas estudantis do ENEM favorecem os estudantes. A posição da 12ª DIRED é favorável a adesão ao ENEM, que é bem mais democrática que a forma tradicional”, acrescentou.
O presidente da Associação dos Docentes da UERN (ADUERN), Valdomiro Morais, apresentou sua manifestação pessoal. “O assunto ainda não foi discutido com a nossa categoria, mas é preciso levar em consideração as vantagens que a Universidade vai ter com a adesão ao ENEM que traz uma série de programas. Nós somos favoráveis a adesão pela melhoria da qualidade do ensino e a permanência dos alunos”, avaliou.
Maria Luiza Andrade, do Colégio Diocesano Santa Luzia, que representou alunos do ensino médio, defendeu a adesão ao ENEM/SiSU. “Sem a adesão ao ENEM não haverá verba para a permanência estudantil. Entendo enquanto estudante secundarista que preciso abrir caminhos para o meu futuro e preciso estar na faculdade”, destacou.
A estudante Lidiane Samara, presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), defendeu a adesão ao ENEM/SiSU como forma de atrair mais recursos federais para a UERN. “A expansão que temos na educação é gigantesca e agora precisamos cuidar da permanência dos estudantes na universidade. A UERN está numa situação que não é agradável e precisamos buscar recursos”, frisou.
Ao iniciar o discurso, o Reitor Pedro Fernandes Ribeiro Neto defendeu a importância de o assunto ser amplamente debatido com todos os segmentos. “A gente quer sim amadurecer essa proposta,, entender as pessoas. Em fevereiro conversamos com representantes das escolas públicas e privadas para saber qual a melhor forma de ingresso”, afirmou. Ele lembrou ainda que a Universidade poderia estar discutindo o assunto dentro dos seus muros, mas ampliou a discussão. “Eu sou a favor, mas não existe só a minha opinião. Queremos ouvir a todos”, acrescentou.
O Reitor lembrou que mesmo sem ser obrigado pela Constituição Federal, o Governo do Estado é responsável pela UERN. Ele disse que é um direito da Universidade buscar recursos federais e para isso a adesão ao ENEM/SiSU é importante. “Esses recursos para a demanda da Universidade não são suficientes mesmo com todo o esforço do Governo do Estado. Nós encampamos formas de incrementar com recursos federais o nosso orçamento”, destacou.
VEREADORES
Os vereadores que estavam na audiência manifestaram apoio à adesão ao ENEM/SISU.
O vereador Naelson Araújo (PV) citou o exemplo da UFERSA como um indicativo de que este é o melhor caminho para a UERN. “Se na UFERSA deu certo porque não na UERN? Acredito que também vai dar certo”, destacou.
O professor Luiz Carlos Martins (PT), professor aposentado da UERN, parabenizou a postura democrática do Reitor da UERN. “Essa é a postura que deve ser de todo o gestor público”, acrescentou.
O vereador Genivan Vale (PROS), aluno do curso de Direito da UERN, manifestou apoio a adesão ao ENEM/SiSU. “Fica difícil convencer as pessoas de que a adesão não é boa porque teremos mais recursos para a assistência ao alunado”, disse.
O vereador Tomaz Neto, que é professor secundarista e ex-presidente do DCE, também apoiou a mudança. As palavras do vereador Tomaz Neto foram reforçadas por Alex do Frango (PV). “A nossa cidade está preparada. Nossos alunos e professores estão preparados para a concorrência”, analisou.
Assim como ocorreu na Câmara Municipal de Mossoró, a UERN se dispõe a participar de audiências públicas nos municípios onde estão os Campi Avançados (Natal, Caicó, Assu, Patu e Pau dos Ferros) e em qualquer outro fórum para debater adesão ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU) que leva em conta as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Fonte:CAP/UERN