Alex Costa/ Redação Natal O Rio Grande do Norte e a Paraíba são os
únicos estados do Nordeste que ainda não conseguiram elevar seu status
sanitário com relação a febre aftosa. Por esse motivo, uma portaria
publicada pelo Ministério da Agricultura passou a impedir, desde a
última terça-feira (15), a entrada de bovinos, ovinos e caprinos em
diversos estados da região, inclusive com Pernambuco. De acordo com o
secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Betinho Rosado, o RN
permanece no status de médio risco mesmo com a vacinação, quando a
intenção é chegar ainda esse ano ao status livre de febre aftosa. “A
procura pela vacinação é consideravelmente boa e elevada, sempre
ultrapassando os 90%. O que acontece é que essa portaria criou barreiras
cito-sanitárias entre todos os estados nordestinos e parte do Pará para
que o trânsito do gado de um estado para o outro não seja feita de
forma irregular, pois pode haver contaminação nos outros estados que
também lutam para sair da situação de médio risco. Todo o Nordeste está
no mesmo patamar”, explica Betinho Rosado. Com intuito de fiscalizar a
entrada de animais, o governo de Pernambuco estabeleceu onze barreiras
sanitárias fixas nos limites entre os Estados, além de outros 18 postos
móveis. Segundo informações divulgadas numa reportagem concedida à Folha
de Pernambuco, se os animais irregulares forem pegos na fronteira,
serão devolvidos à origem; enquanto os apreendidos dentro do território
pernambucano terão de ser sacrificados. As medidas de segurança
sanitária visam tirar Pernambuco da classificação de "médio risco",
passando para "livre da febre aftosa com vacinação". Em 2012, o
Governo de Pernambuco conseguiu autorização do Ministério da Agricultura
para realizar a última etapa do processo, que é a coleta do sangue dos
animais para exame que constate a ausência da doença. No Rio Grande do
Norte, o secretário de agricultura alega que o atraso no processo de
apuração da doença é maior do que em outros estados. “Por conta desse
atraso, RN e PB estão sendo penalizados adicionalmente. Isso passa pela
necessidade de uma quarentena para que os animais daqui possam transitar
entre estados nordestinos. Estamos nos preparando que em julho nós
possamos convidar do Mapa para fazer uma auditoria no nosso gado”,
afirma. Para a mudança de status, o RN precisa ser avaliado em 27
itens, entre eles o percentual de cobertura da vacinação, existência de
um cadastro atualizado das inspeções (para mostrar que existe uma
capacidade de acompanhamento de todo o rebanho do estado) e a capacidade
de responder prontamente a possíveis surtos.
Fonte:jornal de fato
Fonte:jornal de fato