segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Bolsonaro diz que soberania e leis do Brasil devem ser respeitadas

Em meio a reações como a do governo cubano que decidiu suspender a parceira com o Programa Mais Médicos, o presidente eleito Jair Bolsonaro voltou a defender nesta segunda-feira (19) a manutenção dos valores e princípios brasileiros.
Numa rede social, ele disse que o país vai manter as boas relações [diplomáticas], mas exigirá respeito à sua soberania.
“Para voltarmos a crescer como nação precisamos fazer valer nossa soberania e nossas leis. Devemos respeitar o mundo todo, mas também ser respeitados. Seremos um Brasil amigo, mas que tem seus valores e princípios básicos”, afirmou em sua página no Twitter.
Nas últimas declarações de Bolsonaro sobre a parceria com Cuba, o presidente eleito tem ressaltado as condições de trabalho desenvolvido pelos profissionais cubanos, mas disse que só apresentará uma solução para a ausência dos médicos cubanos quando assumir o governo em 1º de janeiro.
Na mesma mensagem, Bolsonaro acrescentou que “o Brasil, paraíso de criminosos e fonte de renda de ditaduras desumanas, deverá dar lugar ao Brasil cujo brasileiro e as pessoas de bem serão nossa maior prioridade”.
Hoje, logo cedo, em Brasília, a presença da deputada federal eleita por São Paulo, Joice Hasselmann, no gabinete de transição que funciona no Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB – , em Brasília, desde o último dia 5, indicava que o assunto continuaria em debate ao longo da semana.
Decisão de Cuba é questionada por deputada
Antes de iniciar conversas no local, onde também estão reunidos o secretário geral da transição, Gustavo Bebbiano, e o vice presidente eleito general Hamilton Mourão, e o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, a parlamentar também usou a rede social para questionar a decisão do governo de Cuba sobre o Mais Médicos.
“Logo mais teremos uma conversa olho no olho sobre o que está por trás da decisão de Cuba de sair do programa Mais Médicos no Brasil às vésperas de @jairbolsonaro assumir a presidência”, disse.
Na nota que sinaliza o assunto que a trouxe a Brasília, a deputada paulista alerta que a decisão pode ter “mais caroço do que vocês imaginam nesse angu”.
Agência Brasil

Alerta: reservas hídricas do Rio Grande do Norte só vão até setembro de 2019

Em entrevista exclusiva ao JORNAL DE FATO, o diretor-presidente do Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (IGARN), Josivan Cardoso, afirma que a barragem Armando Ribeiro Gonçalves não corre risco de entrar em volume morto ainda neste ano ou mesmo antes do período chuvoso do próximo ano. Segundo ele, mesmo que não ocorra qualquer recarga no inverno de 2019, a barragem ainda conseguirá chegar ao mês de setembro de 2019 antes de entrar em volume morto.
Josivan Cardoso disse também que não se pode prever um eventual colapso no abastecimento do RN.
Ele esclarece que no período anterior à quadra invernosa deste ano, o estado chegou ter apenas 12% do total das reservas hídricas estaduais superficiais, nos grandes reservatórios, que são monitorados pelo Igarn. Consequentemente, isso prejudicou os abastecimentos de diversas cidades potiguares, além dos usos diversos e produções, porque realmente não havia água em quantidade e qualidade para manter os abastecimentos dentro de uma regularidade. “Neste ano, estamos com 24% do total das nossas reservas hídricas, estamos mantendo todo o controle realizando o monitoramento cotidiano dos volumes, fiscalizações para coibir usos indevidos, realizando rodízios em cidades com maior dificuldade de abastecimento e algumas cidades com o uso dos carros-pipa, devido à já entrada em colapso, pois a situação hídrica é regionalizada. Não se pode estimar um colapso de uma maneira geral porque em algumas regiões os reservatórios tiveram melhor recarga e poderão manter os abastecimentos”, disse.
Para o diretor-presidente do Igarn, o plano emergencial de segurança hídrica também prevê abastecimentos de forma alternativa por adutoras emergenciais que foram construídas, além da implantação de poços onde isso foi possível. Com isso, foi possível uma melhoria, pelo menos, para mitigar a situação de abastecimento quando da redução dessas reservas hídricas como está havendo em algumas cidades.
Josivan Cardoso disse que existem alguns mecanismos para garantir que no período de chuva as decisões de gestão de recursos hídricos sejam tomadas, principalmente, visando garantir o maior acúmulo de água nas barragens, vez que os rios ao redor, que são perenizados pelos reservatórios, possivelmente têm água das próprias drenagens, e assim com fluxo natural.
“Desta forma, pôde-se até fechar essas saídas de água para que os mananciais possam acumular a maior quantidade possível. Além disso, no período chuvoso verificamos as outorgas existentes para saber se a água que o reservatório libera ainda é necessária para que os usos outorgados possam continuar; caso verificado que a água que já existe no rio atende às necessidades, a vazão é reduzida ou fechada”, disse.

Ações do Plano de Segurança Hídrica devem garantir abastecimento
Ele esclarece que essas são as principais ações que garantem o maior acúmulo de água no período chuvoso, “para que no período de estiagem possamos continuar com o abastecimento dentro da maior normalidade possível, além de realizarmos as alocações negociadas de água com os usuários para assim definir quanto e até quando temos água”.
Outra alternativa para garantir as reservas hídricas é fazer a integração dos sistemas de recursos hídricos, “ou seja, precisamos fazer que as águas existentes em reservatórios superficiais e também as constantes no subterrâneo, onde elas existem em quantidade e qualidade necessárias, possam ser utilizadas de maneira a manter a segurança hídrica, sempre promovendo a segurança hídrica”.
“Atualmente, temos uma dependência muito forte ainda das fontes superficiais, pois a malha de adutoras sempre capta das reservas superficiais. Precisamos implantar o que está no Plano de Segurança Hídrica Emergencial do Estado que é a integração dos sistemas utilizando águas tanto das fontes superficiais quanto subterrâneas de forma mais eficiente. Para também prevenir, é necessário manter o uso racional, por isso são tão necessárias as nossas ações de monitoramento, regularização de usuários e fiscalizações de uso indevido, para garantir que possamos ter a melhor gestão dos recursos existentes, sabendo a real quantidade de água existente e utilizada, além de conseguir ter a real estimativa de tempo de reserva, para que possamos garantir a maior quantidade de água pelo maior tempo permissível”, afirma.
Fonte:De Fato

Cervejas terão rótulos com os ingredientes usados na fabricação

As cervejas nacionais e importadas vendidas no Brasil terão, em seus rótulos, especificações mais claras sobre os ingredientes utilizados em sua fabricação. A medida está prevista em instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (16).
As empresas terão prazo de um ano para se adequar às novas regras previstas na instrução do Mapa. A instrução estabelece a “obrigatoriedade de constar, de modo claro, preciso e ostensivo, na rotulagem de cervejas, as informações que indiquem os ingredientes que compõem o produto, substituindo as expressões genéricas ‘cereais não malteados ou maltados’ pela especificação dos nomes dos cereais e matérias-primas efetivamente utilizados como adjunto cervejeiro”.
Além disso, a portaria prevê que os açúcares utilizados na fabricação da cerveja deverão ter a denominação acrescida do nome da espécie vegetal de origem – caso, por exemplo, do açúcar de cana.
Agência Brasil.