sábado, 4 de julho de 2015

Robinson critica emissora de TV por não mostrar corredores vazios no Walfredo Gurgel

Para o governador, mostrar o que está errado é cobrar por conserto, mas não mostrar o que está correto é, no mínimo, 'estranho'

Durante a entrega dos certificados de 80 casas populares em São Gonçalo do Amarante, nesta quinta-feira, no Teatro Municipal, o governador Robinson Faria aproveitou o discurso para esclarecer alguns pontos sobre uma suposta ‘minoria’ que estaria distorcendo para a sociedade potiguar algumas ‘realidades’. Uma delas diz respeito à violência urbana. Foi um desabafo.
“Já reduzimos os números de homicídios em 16%. Antigamente o estado tinha o dobro da média brasileira de homicídios. Em seis meses de governo, estamos abaixo da média de mortes, para cada cem mil habitantes. Sabe porquê? Porque o nosso governo está pagando a diária operacional da Polícia Militar, para que eles possam ir para as ruas. Mais de 1300 policiais foram promovidos. Fiz um requerimento pedindo todos os policiais à disposição de gabinetes em todos os poderes”, lembrou.
Para Robinson, não adianta só colocar PM nas ruas quando começa o Carnatal. “Polícia é para quem precisa, não para fazer média em festa da elite. Nada disso. A polícia é para defender o pobre também”. Os moradores de São Gonçalo do Amarante aplaudiram de pé.
COMPLEXO: “Ainda bem que a oposição é uma minoria”
“Eu sei que a imprensa, muitas vezes motivada pelos chefes, donos dos veículos, fica tentando desanimar o governador Robinson, colocando notícias para confundir as pessoas do meu estado. Por que alguns, até agora, ainda não aceitaram a derrota que o povo deu, não aceitaram o resultado nas urnas”, revelou o governador.
Robinson critica a equipe da InterTVCabugi (Afiliada da TV Globo), emissora de televisão onde Henrique Alves, ministro do turismo e presidente do PMDB, é sócio. “Semana passada eu tive conhecimento de uma televisão que chegou lá no Walfredo Gurgel, para produzir uma imagem negativa contra meu governo. Só que, para surpresa deles, os corredores estavam vazios. Aí, uma das pessoas da equipe da TV disse: – aqui não adianta fazer imagem por que está tudo funcionando bem. Vamos atrás de um hospital que tenha fila. Engraçado, eles não mostram o que está certo. Quem faz isso não está contra Robinson, está contra o povo. Temos que mostrar a verdade. Se estiver errado, vamos tentar resolver, Mostrem a realidade”.
Fonte:JH

Especialistas afirmam que cajueiro do Piauí não é suficiente para desbancar potiguar

Para despontar como uma ameaça ao troféu do cajueiro de Pirangi, reconhecido pelo Guinness Book como o maior do mundo, o suposto concorrente localizado no município de Cajueiro da Praia, no Piauí, reúne numa mesma conexão três árvores da mesma espécie. É o que afirmam especialistas potiguares que já viajaram ao litoral do outro estado nordestino para conhecer o fenômeno.
É o caso da bióloga Michela Carborni, que no ano passado esteve no município piauiense e constatou que as características da planta não desbancam a do litoral potiguar. Comerciantes situados no ponto turístico de Pirangi e turistas também defendem a majestade local e elogiam a preservação e estrutura para visitação da árvore.
Ocorre que as autoridades piauienses estão divulgando desde 2010 que no município de Cajueiro da Praia há uma árvore maior que a de Pirangi, no município de Parnamirim. Trata-se de declaração embasada em estudo do engenheiro agrônomo Wellington Rodrigues de Souza, que garante que o cajueiro do Piauí tem 8,8 mil metros quadrados, enquanto o de Pirangi apresenta 8,5 mil quadrados, comprovados inclusive pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e pelo Guinness Book, o livro dos recordes.
Para a bióloga Michela Carborni, profissional contratada pela associação que administra o cajueiro de Pirangi, a frondosa copa que está animando as autoridades do Piauí consiste, na verdade, em três pés de cajueiros, sendo que um deles possui a mesma anomalia que o de Pirangi, ou seja, tem um crescimento acima do normal. “Estivemos lá, conversamos com moradores e verificamos que a copa não é oriunda de um único tronco, mas de três. Um deles tem a mesma característica que o daqui, mas isso não o torna maior”, explica.
Michela revela ainda que o que mantém o cajueiro de Pirangi crescendo com saúde é o cuidado com que é tratado. “O cajueiro é uma árvore de madeira frágil, que apodrece facilmente. Aqui, no primeiro sinal,  realizamos um tratamento para evitar que o problema persista”, diz. Além dela, dois jardineiros e um agrônomo formam a equipe responsável em manter o cajueiro sadio. Segundo ela, o cajueiro do Piauí ainda não recebe os cuidados necessários e por isso verificou problemas no tronco.
Por falar em tronco, ela explica que identificou três troncos diferentes, ou seja, não se trata de uma única árvore. “São três cajueiros e os próprios moradores locais afirmam que os cajus produzidos são diferentes e com castanhas diferentes”, relata Michela.
A bióloga explica que os cajueiros têm raiz pivotante, que se caracteriza por apresentar uma raiz principal, da qual saem pequenas raízes que também se ramificam e são chamadas de raízes laterais ou raízes secundárias. “No nosso cajueiro, esta raiz só foi encontrada no tronco principal. Como os galhos entram em contato com o chão, ramificam e retornam à superfície, mas sem desenvolver a raiz pivotante”, explica.
Foram estas características que fizeram o Guinness Book reconhecer, em 1995, o cajueiro de Pirangi como o maior do mundo, produzindo uma média de 1,5 toneladas de frutos por ano. Enquanto isso, no Piauí, o governo decidiu contratar a Universidade Federal do estado (UFPI) para fazer um estudo genético e comprovar que o cajueiro gigante é uma única árvore. Depois, pretende bancar auditorias independentes para pleitear o título de maior cajueiro do mundo no “Guinness Book”.
A piauiense Arismar Silveira, 44, diz que fica deslumbrada toda vez que visita o cajueiro de Pirangi. Pela terceira vez ela fez a excursão em família e diz que já conhece o cajueiro concorrente da sua terra. “Já fui lá e é realmente grande. Pode ser maior do que o daqui, mas esse de vocês é muito mais preservado. Por isso, mesmo que não seja o maior, o carinho e o zelo irão fazer com que seja sempre admirado”, atesta.
Já a aposentada maranhense Piedade Araújo, 63, que está em Natal para a formatura do neto, foi levada para conhecer o monumento natural pela filha e ficou emocionada com a grandiosidade da espécie. “Isso é a prova da grandeza de Deus. Esses galhos ramificando, mas sempre ressurgindo e mantendo o cajueiro vivo são como as famílias. Que tenham um dois ou mais cajueiros assim. O bom é que os que estão aparecendo são do Nordeste”, brincou.
Fonte:Novo Jornal