A indiana Laxmi Sargara, de 18 anos, conseguiu um feito, até onde se
sabe, inédito no país: anulou seu casamento, arranjado quando ela era
um bebê.
Apesar de ilegais, os matrimônios forçados ainda são comuns em algumas regiões da Índia. O de Laxmi foi acertado por seus pais no estado do Rajastão, ao norte, quando tinha apenas 1 ano de idade. Rakesh, seu marido, era um pouco mais velho à época, tinha 3.
Apesar de ilegais, os matrimônios forçados ainda são comuns em algumas regiões da Índia. O de Laxmi foi acertado por seus pais no estado do Rajastão, ao norte, quando tinha apenas 1 ano de idade. Rakesh, seu marido, era um pouco mais velho à época, tinha 3.
Ela só
entendeu que já estava casada recentemente, quando seus sogros a
"exigiram". Tentou, em vão, apelar a seus pais para que cancelassem
tudo. O socorro veio de uma ONG (organização não governamental), que
trabalhou para convencer o cônjuge, no início reticente, a assinar uma
anulação.
O casamento
forçado não é exclusividade dos indianos. Segundo o Fundo das Nações
Unidas para a Infância (Unicef), países em desenvolvimento têm mais de
60 milhões de mulheres que "se casam" na infância, antes dos 18 anos. A
instituição tenta prevenir novos casos com proteção e educação nas
unidades de assistência emergencial, como fez no Paquistão em dezembro,
após inundações na província de Sindh.
A Organização
das Nações Unidas (ONU) ainda colabora com encontros para debater o tema
e compartilhar histórias. Em Malawi, por exemplo, uma garota de 12 anos
foi abusada por um parente. Quando seus pais souberam, exigiram uma
cabra como reparação. A violência gerou uma gravidez prematura que, sem o
tratamento médico adequado, levou a menina à morte.
Entidades como
a Coalizão Internacional pela Saúde da Mulher alertam que, exatamente,
por isso, matrimônios combinados, sem consentimento dos menores, são uma
grave violação aos direitos humanos. Há riscos de saúde, como problemas
na gravidez e chance de contrair doenças sexualmente transmissíveis
(DST), além de complicações sociais e educacionais.
A prática é
condenada pela ONU, mas precisa ser combatida também nas regiões mais
ricas do mundo. A Grã-Bretanha divulgou pesquisa, realizada em 2011, que
revelou que nos 400 casamentos forçados descobertos foi encontrada até
uma criança de 5 anos.
Fonte:folha universal
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