segunda-feira, 5 de setembro de 2011

RN tem 2º menor investimento do NE

Oito estados da região Nordeste possuem pelo menos uma universidade estadual, exceto o Sergipe que não tem custos com ensino superior. Desse quadro, o Rio Grande do Norte é o segundo estado da região que menos reservou recursos à Instituição de Ensino Superior (IES), segundo a previsão orçamentária para este ano.
O ano orçamentário do Estado começou com previsão de 169 milhões de reais para serem gastos na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). No entanto, esse montante só é superior à fatia reservada pelo Piauí a sua Universidade Estadual (UIPI), de R$ 109 milhões.
No que diz respeito ao valor proporcional aplicado no Ensino Superior, o destaque é para a Paraíba, que destinou 340 milhões de reais à Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), mesmo o orçamento-geral do Estado para este ano sendo inferior ao previsto para o RN. No Estado vizinho, a Lei Orçamentária foi aprovada com receita na ordem de R$ 7,1 bilhões, enquanto no RN esse valor chega a R$ 9,4 bilhões.
De acordo com Milton Marques de Medeiros, reitor da Uern, duas suplementações já foram aplicadas ao orçamento, uma de 15 e outra de 20 milhões de reais. Mesmo assim, somado esse aditivo, o investimento da Universidade salta para R$ 204 milhões, valor que só ultrapassa, além do Piauí, os recursos investidos pelo Alagoas.
O Estado alagoano tem o menor orçamento geral para este ano entre os estados do Nordeste, pouco mais de R$ 5,3 bilhões, ainda assim mantém duas universidades que devem lhe custar 178 milhões de reais. Um delas é em Ciências da Saúde, que deve absorver a maior fatia dos recursos, 150 milhões de reais.
O orçamento geral previsto para este ano do Rio Grande do Norte, ultrapassa os estados de Sergipe, Piauí, Alagoas e Paraíba. A receita potiguar também é superior ao montante aprovado na Lei de Orçamento Anual (LOA) do Maranhão, com 8,6 bilhões de reais.
Mesmo assim, o Estado maranhense também irá gastar mais com sua Instituição de Ensino Superior (IES) que o RN. A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) deve custar aos cofres do Estado algo em torno de 243 milhões de reais neste ano. Ironicamente, valor pouco acima em relação ao previsto para as três Universidades mantidas pelo Governo do Ceará. Juntas, a Estadual do Ceará (UECE), a Universidade Vale do Acaraú (UVA) e a Regional do Cariri (URCA) devem custar 242 milhões de reais aos cofres públicos do Ceará.
O Estado com maior número de universidades é a Bahia, consequentemente, é também a que destina o maior valor real para as IES. Com orçamento geral de R$ 26,6 bilhões para este ano, foram destinados 725 milhões de reais distribuídos entre a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Universidade Sudoeste da Bahia (UESB), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Embora os valores sejam altos, a Bahia cai para quarta posição em percentual aplicado às IES, com comprometimento de apenas 2,73%. Índice bem abaixo da Paraíba, que comprometeu 4,79% da receita do Estado. A Uern tenta se manter com a fatia de 1,8% do orçamento estadual.

Fonte:jornal de fato

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