Tão logo foi concluída a apuração dos votos das eleições de 3 de outubro, o vereador Chico da Prefeitura (DEM) deixou claro: está pronto para disputar a Prefeitura de Mossoró em 2012. E avisou: não aceita sequer a vaga de vice.
A empolgação do vereador democrata foi motivada pela surpreendente votação que ele obteve nas eleições deste ano, quando tentou uma vaga na Assembleia Legislativa. Só em Mossoró foram quase 20 mil votos, praticamente empatado com os deputados Leonardo Nogueira (PSB) e Larissa Rosado (PSB), que fizeram campanha com estruturas bem maiores.
O grito de Chico da Prefeitura, imediatamente após, antecipou em dois anos o processo de sucessão da prefeita Fafá Rosado (DEM). Não tem como negar que o debate está na pauta do dia, uma vez que outros nomes, igualmente, aceitaram a discussão: Larissa Rosado e a vereadora de primeiro mandato Cláudia Regina (DEM).
Larissa, a bem da verdade, já havia sido citada antes mesmo das eleições do último domingo, como o principalmente nome da oposição para disputar a Prefeitura. No final do mês de agosto, quando o rosadismo se reuniu para anunciar a parceria político-eleitoral com o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB), os militante saudaram Larissa como futura prefeita.
A deputada, reeleita para o terceiro mandato na Assembleia Legislativa, não esconde o sonho de governar Mossoró. Ela foi candidata nas duas últimas eleições municipais, em ambas, derrotada pela prefeita Fafá Rosado. No entanto, a votação de quase 20 mil só em Mossoró e mais de 41 mil em todo o Estado deu à Larissa mais um motivo para sonhar com o poder municipal.
Já a vereadora Cláudia Regina corre por fora para se viabilizar dentro do seu agrupamento político. Desde que se elegeu vereadora, em 2008, a democrata vem realizando um trabalho junto às camadas mais carentes, com a abertura que ela mesma construiu quando era gerente do Desenvolvimento Social na administração da então prefeita e hoje governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM).
Soma-se para fortalecer o projeto de Claúdia o tempo de serviço prestado em cargos dos governos estadual e municipal. Ela foi diretora do Meios na segunda administração do governador José Agripino (DEM), nos anos 90, quando conduziu em Mossoró o programa “Balcão de Ferramenta”. Depois, serviu as duas últimas administrações de Rosalba, uma como chefe de gabinete e outra no Desenvolvimento Social. São quase 20 mil em contato direto com as pessoas.
Nome novo
Essa considerável “bagagem”, no entanto, esbarra numa dificuldade maior, que é viabilizar o nome dentro do segmento político. Cláudia terá que convencer a direção do DEM em Mossoró de que o seu projeto é viável, assim como conquistar o apoio da prefeita Fafá, que certamente será responsável pela condução de sua sucessão.
É a mesma dificuldade de Chico da Prefeitura, também dependente do aval do DEM. Os dois, no entanto, podem fazer a opção de outra sigla para se viabilizarem, no entanto, correndo o risco de serem pegos pela Lei da Fidelidade Partidária.
No tabuleiro da sucessão municipal também não pode ser descarto o surgimento de um nome novo, possivelmente de dentro do agrupamento situcianista. Há especulação de que o secretário municipal da Cidadania, professor Francisco José (PV), teria a simpatia do Palácio da Resistência. A sua posição de destaque no governo chama a atenção, principalmente devido a sua participação em programas que aproximam as pessoas da administração.
O assunto, porém, sequer é conversado pela prefeita ou seus assessores. Sempre que o tema vai a debate, Fafá Rosado repete que ainda é muito cedo para falar sobre eleições 2012 e que o momento é de realizar as obras que Mossoró necessita.
O fato é que a sucessão municipal foi antecipada, sendo pauta em todas as rodas de conversa e que os grupos já estão se movimentando em torno da futura disputa.
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