terça-feira, 16 de maio de 2017
Com 71 presos ‘desaparecidos’, número de mortos em Alcaçuz pode chegar a mais de 90
O número de mortos no massacre de Alcaçuz pode chegar a 90, é o que mostra relatório elaborado pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT) publicado na manhã desta terça-feira, 16, pelo portal G1 RN. O levantamento entregue à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA).
O documento revela que 71 detentos da unidade prisional estão “desaparecidos”. O Governo diz que 26 morreram e 56 são considerados fugitivos.
“Como mencionado, há 71 pessoas que constam estar em Alcaçuz, mas que não estão. Elas podem ter tido transferência não registrada, fugas/recapturas não contabilizadas, ou óbitos não reconhecidos […]. É possível que o número de mortes se aproxime à estimativa inicial, ou seja, 90 mortos”, aponta trecho do relatório.
"Destaca-se o acentuado descontrole de informação por parte das autoridades prisionais. As notícias iniciais tratavam de mais de 100 mortes dentro de Alcaçuz, mas oficialmente foram comprovadas 26 mortes dentro da penitenciária. Porém, esse número pode vir a ser maior, porque não existe um número oficial de pessoas desaparecidas”, diz outro trecho do documento.
O relatório também aponta que há, potencialmente, 636 pessoas privadas de liberdade em Alcaçuz que não deveriam estar presas em regime fechado. “Há fortes indícios de que aproximadamente 49% de toda a população carcerária de Alcaçuz estaria presa indevidamente”, dizem os peritos.
No último dia 14 de janeiro 26 presos foram mortos dentro da maior penitenciária do Rio Grande do Norte.
Fonte:De fato
País registra 59,8 mil novas vagas formais de trabalho em abril
O país criou 59.856 mil vagas de emprego formal durante o mês de abril, conforme apontam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (16) pelo Ministério do Trabalho. É o primeiro resultado positivo para um mês de abril desde 2014.
No último mês, foram contabilizadas 1.141.850 admissões e 1.081.994 desligamentos. Já em março deste ano, foram registradas 1.261.332 admissões e 1.324.956 desligamentos, ou seja, 63.624 vagas foram perdidas.
Em abril do ano passado, o mercado de trabalho formal tinha registrado a perda de 62.844 postos de trabalho.
"Estamos tendo a alegria de celebrar números positivos. Esperamos que estes números positivos se estabeleçam", comemorou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O setor de serviços foi o que registrou melhor resultado em abril deste ano, com um saldo de 24.712 contratações, seguido pela agropecuária (14.648); indústria de transformação (13.689) e comércio (5.327).
Embora tenha apresentado saldo negativo (-1.760 postos de trabalho), a construção civil teve um desempenho melhor que o de abril do ano passado (-16.036 vagas).
*Matéria ampliada às 11h18 e corrigida às 12h56 para esclarecimento de informações.
Fonte:Agência Brasil
Vírus do atual surto de febre amarela tem mutação genética inédita
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) finalizaram o sequenciamento completo do genoma do vírus responsável pelo atual surto de febre amarela no país. A partir dessa análise, eles encontraram variações inéditas em algumas de suas sequências genéticas. Não há registro anterior dessas mutações na literatura científica mundial, de acordo com a instituição.
A equipe de cientistas informa, no entanto, que a vacina usada atualmente protege contra diferentes genótipos do vírus, incluindo o sul americano e o africano, e que as alterações detectadas no estudo não tiram a eficácia de quem tomou uma dose.
“A vacina vai proteger certamente. Um exemplo disso é que em qualquer lugar do mundo que você tem variantes da febre amarela, a vacina protege com a mesma eficácia. A princípio não muda nada”, disse uma das pesquisadoras, Myrna Bonaldo.
Esse é o maior surto de febre amarela das últimas décadas. O último boletim do Ministério da Saúde confirmou 756 casos no país, com 259 mortes devido à infecção. Os casos continuam silvestres, com infecções em regiões de mata e/ou rurais. A doença é transmitida pelos mosquitos Sabethes e Haemagogus.
O sequenciamento
Desde o aumento de casos no Brasil, a Fiocruz fez os primeiros sequenciamentos do vírus. Foram utilizadas duas amostras de macacos bugios do Espírito Santo, mortos em fevereiro de 2017. Os resultados foram publicados na revista científica “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”.
“Os macacos bugios são especialmente importantes nas investigações sobre a febre amarela por serem considerados ‘sentinelas’: como são muito vulneráveis ao vírus, estão entre os primeiros a morrer quando afetados pela doença. Além disso, estes animais amplificam eficientemente o vírus em seu organismo”, descreve Ricardo Lourenço, que é veterinário e entomologista.
Um resultado inicial apontou que esse vírus da febre amarela pertence ao subtipo genético conhecido como linhagem Sul Americana 1E, que atua no Brasil desde 2008. No entanto, com o final da análise completa, os cientistas conseguiram detectar as variações genéticas, que estão associadas a proteínas envolvidas na replicação viral.
De acordo com os pesquisadores, os impactos da descoberta para a saúde pública ainda precisam ser investigados e apontam a necessidade de que mais amostras sejam sequenciadas, relativas a outros lugares do Brasil e com coletas em humanos, macacos e mosquitos. Novos resultados deverão ser apresentados nas próximas semanas.
Os resultados da pesquisa foram encaminhados pela presidência da Fiocruz ao Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, do Ministério da Saúde. De acordo com Bonaldo, os resultados também foram encaminhados para a comunidade internacional, incluindo Itália, Estados Unidos e Inglaterra.
A instituição informa, adicionalmente, que outros dados ainda não publicados apontam os mesmos resultados para a análise de mosquitos coletados no Espírito Santo e para um macaco morto no Rio de Janeiro.
A fundação diz, ainda, que o estudo “partiu de uma constatação que vem ganhando cada vez mais espaço”. Segundo eles, “a atual situação de febre amarela tem lacunas de entendimento sobre sua dinâmica de dispersão.”
Hipóteses de mutação
Segundo Bonaldo, uma possibilidade para a mutação ter ocorrido é a capacidade do vírus se modificar geneticamente com frequência (não tanto como o da gripe), e também devido à baixa cobertura vacinal antes do surto na região do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
A pesquisadora também detalhou como serão os próximos passos do estudo e destacou que ele serve para conhecer a capacidade circulação do vírus no país.
“O estudo dá ferramentas preciosas para fazer uma melhor vigilância sanitária e prever piores casos, além de saber que regiões do Brasil podem ser priorizadas na hora de uma vacinação”, disse.
A partir de agora, a equipe irá estudar o vírus em laboratório e comparar o tipos anteriores ao surto atual. Também tentarão estabelecer se esse caso pode ser mais agressivo ou não.
Bonaldo disse que os pesquisadores estão com mosquitos selvagens e urbanos, uma busca por entender se eles possuem o mesmo potencial de infecção.
“Vamos poder conhecer um pouco mais da biologia do vírus”, afirmou.
Ufersa abre 90 vagas para cursos de Pedagogia e Letras
A Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) abriu, nesta segunda-feira (15), inscrições para as licenciaturas em Pedagogia (campus de Angicos) e em Letras/Português (campus de Caraúbas). A seleção será feita com base no resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016.
Os cursos foram reconhecidos pelo Ministério da Educação no início de maio, em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 2. Este processo seletivo contempla todas as vagas criadas para Pedagogia, 50, e metade das criadas para Letras/Português, 40 de 80.
As inscrições podem ser feitas até sexta-feira (19) por meio de formulário disponível no site da Pró-Reitoria de Graduação. Segundo o cronograma disposto no edital, o resultado preliminar será divulgado no dia 25, e o final, no dia 30.
Fonte:G1
Brasil não ajuda o FBI a investigar dirigentes acusados de corrupção
Dois anos depois da deflagração da maior operação contra a corrupção no futebol mundial, que colocou a CBF no centro de um escândalo, o Brasil ainda não pode cooperar com a Justiça dos Estados Unidos na troca de dados sobre os suspeitos. O jornal O Estado de S.Paulo apurou que um recurso impede o Ministério Público Federal de repassar aos norte-americanos informações solicitadas sobre dirigentes ligados à CBF como José Maria Marin, Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira.
No próximo dia 27, o caso completará dois anos. Dos mais de 40 dirigentes e empresários indiciados pelo desvio de mais de US$ 200 milhões (R$ 622 milhões), apenas cinco dos que estão detidos se recusam a admitir culpa, entre eles José Maria Marin.
Os investigadores norte-americanos já fecharam acordos de cooperação com quase uma dezena de governos, diversos deles latino-americanos. Mas uma decisão judicial no Brasil impediu a cooperação com os Estados Unidos, o que freou iniciativas do Ministério Público de confiscar recursos ou enviar aos norte-americanos documentos relativos aos três dirigentes. Uma juíza no Rio proibiu a troca de informações e determinou que apenas as mais altas instâncias do País poderiam dar sinal verde.
O Ministério Público Federal recorreu. Em março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu razão ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e autorizou a cooperação. Mas agora um novo recurso precisará ser julgado, já que a defesa entrou com um agravo. O caso deverá se arrastar por mais alguns meses e uma Corte Especial do STJ decidirá.
Futebol Interior via Agência Estado/blog do BG
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