Dois  réus que repercutiram nacionalmente por suas participações no  envolvimento na chacina que vitimou o então prefeito de Caraúbas,Aguinaldo Pereira da Silva, sua mulher Antônia Gurgel da Nóbrega Pereira, e outros três seguranças irão ao banco dos réus no próximo dia 30, na quarta-feira.
O motorista Francisco Sales Fernandes, "Negão da Serra",  e José Maria Roque da Silva serão julgados pelo Conselho de Sentença do  Tribunal do Júri Popular. O julgamento acontece quase dez anos após os  homicídios. 
Na época, também foram mortos os policiais militares Ronaldo Rafael da Silva e Cláudio Pereira do Nascimento, que faziam a segurança do prefeito, e o caseiro do casal Everlânio da Silva.
O julgamento está previsto para iniciar às 9h, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró. "Negão da Serra" é  um dos poucos acusados do crime que continua vivo. Atualmente, ele  cumpre pena no Presídio Aníbal Bruno, em Recife (PE). Para a vinda de  "Negão da Serra" até Mossoró, a Polícia Militar está preparando uma  estratégia especial de segurança entorno do Fórum. 
Relembrando  - O crime ocorreu no dia 7 de novembro de 2001, quando as vítimas  viajavam de Caraúbas com destino a Mossoró. Já próximos da chegada, no  Km 13 da RN 117, o Santana branco pertencente ao prefeito foi  interceptado por uma camioneta Ranger, com seis homens fortemente  armados, que abriram fogo contra o veículo das vítimas. 
O  policial Cláudio Pereira, que dirigia o carro, foi o primeiro a ser  atingido. Ele perdeu o controle do carro e capotou várias vezes. Os  bandidos, liderados por José Valdetário Benevides Carneiro, fuzilaram o veículo, matando os ocupantes.
As investigações policiais apontaram que, além de Valdetário, participaram da ação Francimar Fernandes Carneiro, o "Cimar Carneiro", Francisco Clécio do Nascimento, Emerson Carmona,José Maria Roque da Silva, e seu comparsa "Negão da Serra". 
Valdetário  e Cimar Carneiro teriam ficado dentro do veículo, enquanto Clécio,  Emerson Carmona e Negão da Serra executavam as vítimas. As mortes  resultaram de uma rixa antiga entre as famílias Carneiro e Simeão (à  qual pertencia Aguinaldo Pereira). Um irmão do prefeito já havia sido  assassinado pela quadrilha de Valdetário. Em abril de 2006, outro irmão  de Aguinaldo, Elinaldo Simeão, foi executado. A mulher de Valdetário,  Aguinalda Fernandes Benevides, "Neta", foi condenada pela autoria  intelectual da morte de Elinaldo. 
Fonte: Gazeta do Oeste via RG EM FOCO/PATU 24 HORAS/blog do godeiro