As eleições do último dia 3 de outubro serviu de alerta para quem pensava que o ex-prefeito de Patu, Possidônio Queiroga, o Popó (PTB) estava politicamente "morto". O ex-prefeito que sempre mostrou uma incrível capacidade de recuperação, saiu do pleito como o grande vencedor na disputa com o grupo da prefeita Evilásia Gildênia (PSB).
Nas eleições do último domingo, Possidônio conseguiu fazer com que todos os candidatos apoiados por ele no Estado saíssem vitoriosos nas urnas. Deputada federal mais votada em Patu, com 1.858 votos, Sandra Rosado (PSB) recebeu apoio de Popó, a exemplo do que ocorreu com o.deputado estadual, Gustavo Carvalho, campeão de votos na cidade de Patu, com 1.313 votos. Popó apoiou a governadora eleita, Rosalba Ciarlini e o senador José Agripino, ambos do DEM. Com o resultado das eleições fica claro que a sucessão da prefeita Evilásia Gildênia em 2012 passará por Popó ou por um candidato apoiado por ele, possivelmente seu filho, Tiago Queiroga.
O grupo da atual prefeita Evilásia, que tem como liderança o ex-prefeito, esposo e médico, Ednardo Moura, saiu da campanha contabilizando prejuízos políticos. Além de ter sido derrotado pelo ex-prefeito o grupo de Ednardo ainda terá que enfrentar o desgaste de uma denúncia feita junto ao Ministério Público Estadual, que apontam supostas irregularidades na realização da 27ª Feira da Cultura de Patu, entre os dias 7 e 14 de setembro deste ano. De acordo com o Inquérito Civil publicado no Diário Oficial houve, para este evento, uma suposta contratação de grupos musicais com a dispensa de licitação.
A prefeita Evilázia Gildênia e auxiliares estão sendo investigados e deverão apresentar à Promotoria explicações sobre a realização do evento sem o alvará do Corpo de Bombeiros, o que ofereceu risco aos cidadãos que participaram da festa. Segundo consta no Inquérito Civil, o Corpo de Bombeiros foi comunicado da realização do evento sem a antecedência necessária para a realização da vistoria preventiva.
A promotora de Justiça Micaela Fortes determinou ainda que fossem enviadas à promotoria cópias dos documentos que dispensaram a realização de licitação para a contratação das bandas, e explicações sobre o possível direcionamento para a contratação de uma banda que teria um vínculo pessoal com um Secretário Municipal de Patu.
correio da tarde
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
UFRN diz que alunos não podem portar armas na instituição e comando da PM discorda
A polêmica que envolve o uso de armas de fogo em ambientes públicos por policiais que não estão em serviço chegou à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A direção do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) enviou, na última segunda-feira, uma nota aos alunos e funcionários sobre a ilegalidade da posse por PMs e agentes civis nas salas de aula da instituição. Embora não seja proibitivo, o texto ressalta que o uso da arma só se justifica nos casos em que o servidor esteja em serviço no local.
O coronel Araújo Silva, comandante geral da PM, contudo, contesta a informação, afirmando que o policial tem o direito de usar sua arma, registrada, em todo o território nacional, mesmo fora do serviço, mas ponderou que a atitude não é "conveniente". De acordo com o diretor do centro, professor Márcio Valença, o CCHLA nunca registrou qualquer incidente em sala de aula com policiais armados, mas teria recebido várias denúncias acerca do porte de revólveres ou pistolas, que estaria deixando alguns alunos e funcionários constrangidos e incomodados. "Por isso, resolvemos acionar a Procuradoria Jurídica da UFRN para emitir um parecer sobre o assunto".
Segundo a nota, o aluno policial não está no exercício de suas funções quando em atividade acadêmica nem investido da qualidade de agente público, ficando a segurança do ambiente universitário a cargo de sua administração. "Importante salientar, todavia, que a instituição não deverá coibir o porte de arma em suas dependências", acrescentou.
O uso , conforme a nota, deve ser solicitado pelo comandante geral da PM ou pela autoridade de Polícia Civil competente à reitoria, que poderá analisar cada caso. "Este comunicado é uma forma de nos respaldar no caso de existirem problemas futuros envolvendo armas de fogo na universidade. Com base nisso, poderemos abrir procedimentos disciplinares", disse Márcio Valença. "Também encaminhei o assunto ao reitor (José Ivonildo do Rêgo), para que o parecer possa se transformarnuma norma interna".
"Mesmo sendo autorizado a portar sua arma em qualquer lugar, é mais conveniente que o policial guarde-a em um local seguro e não vísivel, como uma mochila ou sacola. Expor um revolver na cintura no meio de uma aula ou uma missa, por exemplo, pode, sem dúvida, deixar as outras pessoas assustadas e até causar um problema sério em determinadas situações", afirmou o coronel Araújo Silva. O comandante citou, ainda, que frequentou a UFRN por sete anos e não se recorda de um só dia em que tenha ido às aulas armado. "O policial, porém, que se sentir prejudicado com esse parecer ou qualquer outra determinação do tipo, pode requerer uma ordem judicial", explicou.
O tenente Isaac Leão, estudante de direito, disse ainda desconhecer o parecer, mas assumiu assistir às aulas armado e disse que o hábito nunca lhe causou problema. "Nós, policiais, temos uma profissão de muita periculosidade e fazemos vários trajetos durante o dia: de casa para o trabalho, do trabalho para a faculdade etc", justificou. "É para atestar que podemos fazer uso adequado da nossa posse de arma que somos submetidos a testes psicológicos quando da nossa formação". Segundo ele, é importante que o policial não cause pânico ao usar seu armamento, que deve ser portado de maneira "velada" e não ser utilizado pelo simples fato de estar ao seu alcance.
O coronel Araújo Silva, comandante geral da PM, contudo, contesta a informação, afirmando que o policial tem o direito de usar sua arma, registrada, em todo o território nacional, mesmo fora do serviço, mas ponderou que a atitude não é "conveniente". De acordo com o diretor do centro, professor Márcio Valença, o CCHLA nunca registrou qualquer incidente em sala de aula com policiais armados, mas teria recebido várias denúncias acerca do porte de revólveres ou pistolas, que estaria deixando alguns alunos e funcionários constrangidos e incomodados. "Por isso, resolvemos acionar a Procuradoria Jurídica da UFRN para emitir um parecer sobre o assunto".
Segundo a nota, o aluno policial não está no exercício de suas funções quando em atividade acadêmica nem investido da qualidade de agente público, ficando a segurança do ambiente universitário a cargo de sua administração. "Importante salientar, todavia, que a instituição não deverá coibir o porte de arma em suas dependências", acrescentou.
O uso , conforme a nota, deve ser solicitado pelo comandante geral da PM ou pela autoridade de Polícia Civil competente à reitoria, que poderá analisar cada caso. "Este comunicado é uma forma de nos respaldar no caso de existirem problemas futuros envolvendo armas de fogo na universidade. Com base nisso, poderemos abrir procedimentos disciplinares", disse Márcio Valença. "Também encaminhei o assunto ao reitor (José Ivonildo do Rêgo), para que o parecer possa se transformarnuma norma interna".
"Mesmo sendo autorizado a portar sua arma em qualquer lugar, é mais conveniente que o policial guarde-a em um local seguro e não vísivel, como uma mochila ou sacola. Expor um revolver na cintura no meio de uma aula ou uma missa, por exemplo, pode, sem dúvida, deixar as outras pessoas assustadas e até causar um problema sério em determinadas situações", afirmou o coronel Araújo Silva. O comandante citou, ainda, que frequentou a UFRN por sete anos e não se recorda de um só dia em que tenha ido às aulas armado. "O policial, porém, que se sentir prejudicado com esse parecer ou qualquer outra determinação do tipo, pode requerer uma ordem judicial", explicou.
O tenente Isaac Leão, estudante de direito, disse ainda desconhecer o parecer, mas assumiu assistir às aulas armado e disse que o hábito nunca lhe causou problema. "Nós, policiais, temos uma profissão de muita periculosidade e fazemos vários trajetos durante o dia: de casa para o trabalho, do trabalho para a faculdade etc", justificou. "É para atestar que podemos fazer uso adequado da nossa posse de arma que somos submetidos a testes psicológicos quando da nossa formação". Segundo ele, é importante que o policial não cause pânico ao usar seu armamento, que deve ser portado de maneira "velada" e não ser utilizado pelo simples fato de estar ao seu alcance.
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