quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Para queles que moraram na casa do estudante de Natal mas não sabem sua importância

No número 678 da Praça Coronel Lins Caldas, Cidade Alta, o velho portão de ferro ainda guarda as 
 marcas de bala. Em 1935, o prédio construído na segunda metade do século 19, sede do Batalhão de Segurança, fora tomado pelo movimento que ficou conhecido como “Intentona Comunista” – levante de civis e militares que, em nome da Aliança Nacional Libertadora, se rebelaram contra o governo de Getúlio Vargas. Os vestígios da troca de tiros são o registro da história que a maior parte dos natalenses desconhece.

Mas antes de virar caserna e se transformar em palco da luta política, o prédio centenário em estilo neoclássico havia sido Hospital de Caridade e Escola de Aprendizes Artífices (embrião do atual IFRN). Depois do movimento comunista, passou a abrigar jovens infratores, até virar sede da Casa do Estudante do Rio Grande do Norte (CERN) em 1956

     A CERN, porém, já havia sido fundada há dez anos, em junho de 1946, funcionando inicialmente numa casa alugada na rua Seridó. A instituição nasceu num contexto de reivindicações e luta pela deposição de Getúlio Vargas e pela melhoria e democratização do sistema educacional do Estado. Mais tarde, instalada no prédio da Cidade Alta, abrigou a resistência estudantil contra a ditadura militar vigente no país após o golpe de 1964.
 “A Casa do Estudante foi acompanhando as movimentações políticas que iam acontecendo no país e se tornou uma instituição importante, porque congregava jovens vindos de todas as regiões. Então, isso tinha um peso político grande”, explica o historiador João Maurício, que viveu na CERN entre os anos de 1999 e 2003.
     Ele argumenta que a CERN, desde sua fundação, assumia posições de vanguarda política. As lideranças da instituição defendiam “posições ousadas” para a época. “Não se restringia a pensar na casa em si, mas no contexto social, o que ela significava. Pensar o modelo de sociedade, o tipo de educação e como seria possível amenizar as desigualdades que existiam. Todas essas discussões eram canalizadas pela instituição”.
     Durante o regime de exceção (1964-1985), a instituição sofria intensa pressão dos militares de plantão. O estudante e ativista político Emmanuel Bezerra dos Santos, militante dos movimentos de esquerda, presidiu a CERN após a eclosão do golpe.

Em função da sua luta contra a ditadura, o líder estudantil terminou assassinado em 1973. Um jornal da cidade noticiou o fato, dizendo que o “terrorista” Emmanuel Bezerra havia sido morto numa troca de tiros com a polícia de São Paulo. O tempo lhe fez justiça e, nos dias atuais, o ativista é reconhecido nacionalmente como ícone da luta pela democracia.

A Casa, como se nota, guarda muitas histórias. João Maurício conta que a transferência da rua Seridó para o prédio encravado entre o centro da cidade e o rio Potengi não foi pacífico. 


“O governador à época era Cortez Pereira. Os estudantes já haviam pleiteado o prédio, mas ele se recusara a ceder. Um dia, na calada da noite, eles invadiram o prédio, obrigando o governador em exercício a concedê-lo aos estudantes. Este episódio da história me foi contado pessoalmente por Welington Xavier, um dos fundadores da Casa”, relata. 
 O historiador defende que a instituição continua tendo um papel político importante,porém não compreendido pelos próprios morados e pela maior parte da população de Natal. Ele lamenta o uso “maniqueísta” e “eleitoreiro” que é feito da CERN. “A Casa não pode se limitar a ser depósito de estudantes do interior nem ser instrumento político em período de campanha”, protesta
Maurício enfatiza que um prédio, uma rua, ou uma pessoa, por exemplo, só é patrimônio pelo seu valor de memória, pelo que representa socialmente. “Não existe o patrimônio pelo patrimônio. Isto significa que, apesar de ser um prédio com uma arquitetura bonita, seu valor está na história, nas memórias que representa, não na construção. É este valor imaterial e subjetivo, capaz de provocar sensações e despertar emoções nas pessoas, que faz de qualquer patrimônio um patrimônio”, reflete.
 O ex-morador da CERN diz que a instituição não recebe o devido reconhecimento em virtude da discriminação vigente contra a própria história da cidade. Natal – sustenta – tem vergonha de si mesma e, por isso, sempre precisa de algo grande para mostrar.

“A capital ainda alimenta o mito da cidade cosmopolita, sem nunca ter sido. A Casa é um patrimônio da cidade, não só pelo prédio em si. O prédio, hoje, quase não tem valor, porque as pessoas olham para ele e não se identificam, como se fosse uma página em branco. Trata-se de uma instituição popular, ligada ao movimento estudantil. Nossa história sempre valorizou os prédios vinculados à elite, aos governos”, observa.
 O levante

O prédio que abriga a CERN é da segunda metade do século 19.
Em 23 de novembro de 1935, quando ainda era sede do Batalhão de Segurança, o prédio da Casa do Estudante serviu de cenário da Insurreição Comunista. Um grupo de militares natalenses, inspirados no movimento tenentista, aliado aos civis, iniciou uma revolta que deveria ganhar outros focos no país. 
O levante se opôs ao autoritarismo do governo de Getúlio Vargas. Os rebelados queriam derrubar o presidente e instituir um “governo popular revolucionário” no país. A “República Vermelha” terminou sendo derrubada pelos homens da Força de Segurança Nacional.

Durante quatro dias, a capital do Rio Grande do Norte teve um governo revolucionário liderado pelo comunista João Praxedes de Andrade. João Maurício brinca ao recordar o episódio, dizendo que Natal foi comunista antes de Cuba.

O levante deveria ter sido uma ação simultânea em todas as regiões do país, como havia planejado Luís Carlos Prestes e sua mulher, Olga Benário Prestes. A capital potiguar, entretanto, acabou se antecipando aos fatos. No dia 25 de novembro do mesmo ano, o movimento estourou em Recife (PE). Dois dias depois, a rebelião espocaria no Rio de Janeiro (RJ).

João Maurício aponta a falta de comando, de organização e de comunicação como fatores que colaboraram para o insucesso do movimento. “Quando o movimento eclodiu no Rio de Janeiro, capital federal à época, já havia sido desmanchado no Rio Grande do Norte”.


"O termo intentona remete à desqualificação do movimento".
O historiador conta que algumas condições locais contribuíram para a deflagração do levante. O interventor do Estado, Rafael Fernandes Gurjão, promovera a troca de muitos integrantes do efetivo da guarda civil e, em reação, os militares de baixa patente aderiram ao movimento.

Além disso, os sindicatos potiguares, sobretudo na região salineira, eram muito fortes naquele período. João Maurício destaca ainda que Natal, naquela década, tinha lideranças de esquerda muito importantes.

A participação dos civis também é apontada como um dos motivos do fracasso do movimento. “Não havia estratégia, eles não sabiam o que fazer depois, faltou a organização, o planejamento das ações. Isso passou a ideia para as gerações seguintes que eram baderneiros, um bando de tresloucados que levaram isso à frente”, avalia.

Para João Maurício, o país tem uma tradição historiográfica refratária aos movimentos populares. O nome “intentona” seria uma prova disso. “No dicionário, intentona quer dizer motim, sublevação. Há todo uma arcabouço preconceituoso que remete a uma tentativa de desqualificar uma ação legítima”, critica. 

Nota do MO
Hoje a CERN vivem em total abandono tanto pelo governo estadual quanto pelos prefeitos dos municípios do interior que mandam seu estudante pra natal e não tem nem um tipo de convênio com a instituição,por muitas vezes esses estudante vão morar na CERN para se drogarem fora do visto dos pais,a casa vive abandonada também pela sociedade natalense que trata seus moradores como marginais.A casa em si deixou de ser importante políticamente  mas ainda é muito importante para muitas famílias que não tem condições de dar um futuro melhor para seu filhos.Agora vejam alguma imagens de como está as condições físicas do prédio que encontra praticamente abandonado pelo governo do estado.


"CASA DO ESTUDANTE DO RIO GRANDE DO NORTE,SEPARADA DE UM LADO PELO RIO POTENGY E DO OUTRO PELA SOCIEDADE DO NATAL"com informações do site nominuto e João Mauricio

Vereador Pompeu Jales Diniz (PSB), apresentou INDICAÇÃO Nº 042/2013.

O Vereador que esta subscreve, nos termos regimentais vigentes, INDICA ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, que diligencie junto a Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte, Ministério da Saúde ou até mesmo utilizar recursos do município no sentido de adquirir uma AMBULÂNCIA para melhor atender a Saúde Pública do Município.



JUSTIFICATIVA


Temos observado que ao longo dos anos o Brasil apresentou significativos avanços, no entanto, a saúde publica não acompanhou  estes avanços e estamos caminhando para o absoluto caos deste serviço publico.
Quanto ao nosso município tenho observado que não dispomos de uma ambulância de qualidade para atender no deslocamento dos pacientes para outros centros.
O atendimento básico a saúde exige ambulâncias de qualidades, por se tratar de um serviço essencial a vida do ser humano. Desta feita o governante não deve medir esforços para doar o município com este serviço essencial.


POMPEU JALES DINIZ
Vereador - PSB
Fonte:Câmara de Messias Targino

Festa de Nossa Senhora das Graças em Messias Targino começa nessa sexta feira

Terá início nessa sexta feira 22 a tradicional festa da padroeira de nossa cidade,serão 10 dias de festa a começar pela programação religiosa que esse ano está bem recheada,e como sempre irá também ocorrer a programação social contando com as barracas e com os artistas da terra e atrações regionais,esse ano a novidade na programação social é do grupo os Tremendões da cidade de Mossoró,a festa se estenderá até primeiro do mês que vem.Em breve colocaremos toda a programação religiosa e cultural.

Estudante da Ufersa ganha prêmio Jovem Cientista 2013

O CNPq anunciou nesta terça-feira(19) os vencedores do Prêmio Jovens Cientistas 2013 e o estudante José Leôncio de Almeida Silva, do curso de Agronomia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) volta para casa com o prêmio de Primeiro Lugar na categoria Estudante do Ensino Superior.
Orientado pelo professor Dr. José Francismar de Medeiros, ele submeteu o projeto “Mistura de águas salinas como alternativa para a irrigação e produção de forragem no semiárido nordestino”. De acordo com o professor, a intenção da pesquisa é garantir sustentabilidade aos agricultores e pecuaristas da região semiárida do Estado, prejudicados com a estiagem, visto que é dessas atividades que o homem do campo tira seu sustento.
José Leôncio pesquisou sobre a possibilidade de produzir uma nova solução de água salina a partir da mistura entre a água proveniente do aquífero calcário Jandaíra - principal manancial e uma das maiores reservas de água dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte – com a água usada no abastecimento urbano e disponível em menor quantidade.
A PESQUISA
O Nordeste vem se destacando pela produção de milho e sorgo, nas quais o experimento foi aplicado. “O Estudo leva em consideração variantes como o tamanho da folha e o teor de proteínas”, explica o professor, complementando ainda que mesmo os níveis salinos tendo influenciado nas outras variáveis, os teores de proteína nas plantas não tiveram variação em função do aumento da salinidade.

Com isso, o experimento apontou o nível de salinidade tolerado pelas plantas da região, para, em seguida, detectar o nível de tolerância à mistura. O Resultado: “a mistura de águas salinas podem ser utilizadas ao longo de todo o ano”, garante José Leôncio.
Fonte:Defato

RN tem nove cidades em colapso no abastecimento d'água, diz Caern

Chuvas não foram suficientes para encher os mananciais potiguares.
Número de cidades em colapso chegou a 13 em outubro.

 O número de municípios do Rio Grande do Norte em colapso no abastecimento d'água caiu para nove no mês de novembro. Em outubro esse número chegou a 13. A informação foi confirmada pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) nesta quarta-feira (20). Os municípios que estão em colapso continuam com a cobrança de faturas suspensa pela Caern, que atende 153 das 167 cidades do estado.

As cidades com serviços paralisados estão concentradas nas regiões Oeste e Seridó do estado. Atualmente sofrem com o colapso no abastecimento os municípios de Água Nova, João Dias, Pilões, São Francisco do Oeste, Antônio Martins, Ipueira, Equador, Carnaúba dos Dantas e São José do Seridó.
O colapso acontece quando a Caern adimite que não tem condições de abastecer a cidade e suspende a emissão de faturas para os moradores do município.
O município de Jucurutu, na região Oeste do Rio Grande do Norte, voltou a ser abastecido pela Caern no dia 11 deste mês. O fornecimento de água havia sido interrompido em outubro.
A seca tem sido a principal responsável pela redução no abastecimento das cidades. Com a ausência de chuvas, o nível dos reservatórios no interior do estado baixou e o abastecimento ficou inviável.
Fonte:G1

Ministério da Saúde libera recursos para combate à dengue

O Ministério da Saúde autorizou o repasse de mais de R$ 360 milhões para que os municípios realizem ações de vigilância, prevenção e controle da dengue. A portaria foi divulgada hoje, no Diário Oficial da União.
O incentivo financeiro, autorizado pelo governo, levou em consideração a necessidade de intensificar essas medidas antes do período sazonal da dengue. Entre as ações de combate estão previstas a vigilância epidemiológica e o aprimoramento dos planos de contingência. 
Segundo a portaria, a existência de um grande número de pessoas já expostas a diversos sorotipos da dengue aumenta o risco da ocorrência de epidemias de formas mais graves da doença.
Os recursos alocados serão transferidos automaticamente, em parcela única, e corresponderão a 30% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância em Saúde.

Fonte:Nominuto

Ricardo Motta confirma votação de impeachment de Rosalba em plenário.

O presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, do PROS, confirmou que o plenário da Casa vai votar a denúncia feita por servidores do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública (Sindsaúde), que poderá dar origem a um processo de impeachment contra a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). "É o que determina o regimento da Casa", confirmou o parlamentar na tarde de hoje (19) ao site Portal No Ar.

Segundo Ricardo Motta, a votação será democrática, tanto para o afastamento como para negar. "O regimento determina que tem que ir para o plenário. Não podemos fazer juízo de valor. Temos que nos basear em parecer dos técnicos do Legislativo. No relatório da Comissão. Estamos bastante tranquilos. A Assembleia analisará sem cor partidária, sem paixão", acrescentou.

O presidente do Legislativo também considerou a falta de diálogo a principal causa da crise do Executivo com os demais poderes. "O governo não tem dialogado. Muitas coisas poderiam ter sido evitadas. Tentei várias vezes reunir o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, mas o governo não dialogou", disse Ricardo Motta.

O parlamentar revelou também que o problema vem se repetindo na questão das discussões sobre o Orçamento Geral do Estado para o próximo ano. "Também não há diálogo e sem conversa não se chega a lugar algum. É só perguntar ao relator, deputado José Dias", revelou.
Fonte:Política Pauferrense

Policiais do RN se capacitam para atuar como batedores durante a Copa

Policiais Militares do Rio Grande do Norte passam por um treinamento de capacitação para batedores, que irão atuar na Copa do Mundo de 2014. Ao todo, 30 policiais irão passar pelo curso, que visa preparar os agentes para realizar escolta de delegações e autoridades dos países que virão ao país durante o Mundial do próximo ano. O curso – que começou no dia 11 de novembro e vai até o dia 29 – é uma iniciativa da Secretaria da Estadual de Grande Eventos (Sege) e do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE).
De acordo com o major Raimundo Florêncio Silva Júnior, responsável pelo treinamento, o curso terá participação de homens da Polícia Rodoviária Federal, Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) e do próprio CPRE. As aulas acontecem no 1º Distrito de Polícia Rodoviária Estadual, em Natal.
Fonte:O xerife

MAIS DE 300 ANOS APÓS A MORTE DE ZUMBI, NEGRO AINDA SOFRE COM DISCRIMINAÇÃO

Comemorado hoje (20), data da morte de Zumbi dos Palmares, o Dia da Consciência Negra deve servir para que os brasileiros reflitam sobre a desigualdade, a intolerância e o preconceito ainda existentes na sociedade. É o que revela nota técnica do Instittuto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ao mostrar, por exemplo, que, em Alagoas, os homicídios reduziram a expectativa de vida de homens negros em quatro anos. A nota Vidas Perdidas e Racismo no Brasil aponta que, além de Alagoas, estados como o Espírito Santo e a Paraíba concentram o maior número de negros vítimas de homicídio. ““Enquanto a simples contagem da taxa de mortos por ações violentas não leva em conta o momento em que se deu a vitimização, a perda de expectativa de vida é tanto maior quanto mais jovem for a vítima”, revela o estudo. Os autores Daniel Cerqueira e Rodrigo Leandro de Moura, ambos da Fundação Getulio Vargas (FGV), analisaram até que ponto as diferenças nos índices de mortes violentas de negros e não negros estão relacionadas com questões como as diferenças econômicas, ao racismo e de ordem demográfica. “O componente de racismo não pode ser rejeitado para explicar o diferencial de vitimização por homicídios entre homens negros e não negros no país”, concluiram os pesquisadores da FGV. Considerando o universo dos indivíduos vítimas de morte violenta no país entre 1996 e 2010, o estudo mostra que, para além das características socioeconômicas – escolaridade, gênero, idade e estado civil –, a cor da pele da vítima, quando preta ou parda, aumenta a probabilidade do mesmo ter sofrido homicídio em cerca de oito pontos percentuais. “O negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele”, dizem os técnicos. No estudo, eles concluem que essas discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros quando comparada aos índices do restante da população. Coincidentemente, Alagoas, líder de mortes violentas, especialmente o homicídio, contra negros e pardos também simboliza a luta dos africanos escravizados trazidos da África, no século 19, para trabalhar nos canais. A personificação desta luta que, pelos índices apresentados no estudo do Ipea, ainda perdura é Zumbi dos Palmares. Alagoano de nascença e natural de União dos Palmares, Zumbi – duende na língua do povo Banto, de Angola – liderou o maior quilombo do país. Aos 7 anos, em 1670, ele foi capturado por soldados e entregue ao padre Antônio Melo, responsável por sua formação. Com o passar do tempo, Zumbi, batizado na Igreja Católica com o nome de Francisco, fugiu para o Quilombo dos Palmares onde impressiona os demais escravos fugidos de fazendas de engenho pela sua habilidade em lutas. Aos 20 anos, ele já tinha se tornado o maior estrategista militar e guerreiro, responsável pela derrota imposta pelos quilombolas na luta contra soldados fiéis ao império português.ferramenta email marketing
Comemorado hoje (20), data da morte de Zumbi dos Palmares, o Dia da Consciência Negra deve servir para que os brasileiros reflitam sobre a desigualdade, a intolerância e o preconceito ainda existentes na sociedade. É o que revela nota técnica do Instittuto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ao mostrar, por exemplo, que, em Alagoas, os homicídios reduziram a expectativa de vida de homens negros em quatro anos. A nota Vidas Perdidas e Racismo no Brasil aponta que, além de Alagoas, estados como o Espírito Santo e a Paraíba concentram o maior número de negros vítimas de homicídio. ““Enquanto a simples contagem da taxa de mortos por ações violentas não leva em conta o momento em que se deu a vitimização, a perda de expectativa de vida é tanto maior quanto mais jovem for a vítima”, revela o estudo. Os autores Daniel Cerqueira e Rodrigo Leandro de Moura, ambos da Fundação Getulio Vargas (FGV), analisaram até que ponto as diferenças nos índices de mortes violentas de negros e não negros estão relacionadas com questões como as diferenças econômicas, ao racismo e de ordem demográfica. “O componente de racismo não pode ser rejeitado para explicar o diferencial de vitimização por homicídios entre homens negros e não negros no país”, concluiram os pesquisadores da FGV. Considerando o universo dos indivíduos vítimas de morte violenta no país entre 1996 e 2010, o estudo mostra que, para além das características socioeconômicas – escolaridade, gênero, idade e estado civil –, a cor da pele da vítima, quando preta ou parda, aumenta a probabilidade do mesmo ter sofrido homicídio em cerca de oito pontos percentuais. “O negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele”, dizem os técnicos. No estudo, eles concluem que essas discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros quando comparada aos índices do restante da população. Coincidentemente, Alagoas, líder de mortes violentas, especialmente o homicídio, contra negros e pardos também simboliza a luta dos africanos escravizados trazidos da África, no século 19, para trabalhar nos canais. A personificação desta luta que, pelos índices apresentados no estudo do Ipea, ainda perdura é Zumbi dos Palmares. Alagoano de nascença e natural de União dos Palmares, Zumbi – duende na língua do povo Banto, de Angola – liderou o maior quilombo do país. Aos 7 anos, em 1670, ele foi capturado por soldados e entregue ao padre Antônio Melo, responsável por sua formação. Com o passar do tempo, Zumbi, batizado na Igreja Católica com o nome de Francisco, fugiu para o Quilombo dos Palmares onde impressiona os demais escravos fugidos de fazendas de engenho pela sua habilidade em lutas. Aos 20 anos, ele já tinha se tornado o maior estrategista militar e guerreiro, responsável pela derrota imposta pelos quilombolas na luta contra soldados fiéis ao império português
Fonte:Agência Brasil ganhar dinheiro no youtube

Governo do RN responsabiliza CHESF pelo ultimo fracasso do RN no leilão de energia eólica

Secretaria de Desenvolvimento envia esclarecimento para imprensa a respeito do fracasso do RN no ultimo leilão de energia eólica, segue:
Para melhor compreender o resultado do leilão de energia A-3/2013, realizado ontem (18) pelo Governo Federal, onde foram vencedores 39 parques eólicos e nenhum deles situado no Rio Grande do Norte faz-se necessário tomar conhecimento do início do programa eólico no Brasil.
Desde o ano de 2009, com a participação da fonte eólica na matriz elétrica brasileira, especialistas do setor já apontavam o grande potencial eólico do RN e os resultados dos leilões demonstraram a liderança potiguar, ultrapassando, inclusive, o Ceará que havia iniciado o seu programa de forma pioneira no país.
O modelo adotado naquela ocasião foi o de promover os leilões de geração para em seguida efetuar os leilões de transmissão, fazendo com que, respeitados os prazos preconizados nos seus respectivos editais, houvesse uma convergência entre a geração e transmissão sem colocar em risco o escoamento da energia através do SIN- Sistema Interligado Nacional. Para tanto, o Governo Federal lançou mão de um instrumento denominado ICG’S- instalações de transmissão de interesse exclusivo das Centrais de Geração para conexão compartilhada, que havia sido criado, inicialmente, para atender projetos de geração de energia através de PCH- Pequena Central Hidrelétrica e Biomassa.
Na prática, a escolha do Governo Federal não trouxe resultados positivos, pois o que se viu foi um total desencontro entre a geração e a transmissão, levando na maioria dos casos a conclusão dos parques eólicos sem que os mesmos pudessem escoar a energia elétrica a ser gerada.
Os primeiros lotes de transmissão no Rio Grande do Norte ofertados em leilões tiveram como vencedora a estatal CHESF que não concluiu as obras nos prazos previstos - cenário esse repetido em outros estados – causando um enorme desgaste ao programa eólico, principalmente no que tange a sua credibilidade.
O primeiro lote de transmissão que deveria ficar pronto em junho/2012, após inúmeros adiamentos deverá, finalmente, ser entregue em meados de janeiro/2014. Para se ter ideia do erro ao programar datas diferentes entre leilão de geração e transmissão, esse lote foi concebido para atender os parques vitoriosos no leilão de geração ocorrido em 2009.
As mudanças realizadas pelo Governo Federal no início de 2013 para as regras de participação dos projetos eólicos nos novos leilões, onde somente seriam habilitados os projetos que tivessem assegurado a sua conexão ao SIN, evidenciou a falta de competitividade dos nossos projetos.
É nesse contexto que o RN foi extremamente prejudicado, pois como é de conhecimento público, o nosso estado até o advento das fontes alternativas (eólica, solar, biomassa, etc.) nunca foi vocacionado para gerar energia elétrica e como consequência nunca necessitou possuir um sistema de transmissão robusto, pois o nosso perfil era de um estado importador de energia.
Portanto, para aproveitar todo o potencial eólico e solar do RN, é imperativo que o estado seja dotado de um sistema de transmissão robusto com capacidade para escoar toda a energia gerada, invertendo o ciclo vicioso da transmissão ocorrer sempre depois da geração, pois já conhecemos os prejuízos desse modelo.
É evidente que somente com a implantação de um sistema estruturante de transmissão cortando longitudinalmente o nosso estado, todo ele em 500 kV , o RN retomará a sua competitividade, pois terá condições de explorar o seu potencial eólico em plenitude.
Após um importante trabalho realizado pelo Governo – via Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SEDEC) – e bancada federal em parceria com a Federação das Indústrias do RN e Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEéolica), junto ao Governo Federal está previsto até março do próximo ano a realização pela ANEEL do primeiro leilão de transmissão de 2014, onde o RN será contemplado com vários lotes em 500 kV. Com esse leilão, o RN fechará um anel com outros estados, tanto ao oeste como ao sul, conseguindo as condições ideais para explorar o seu real potencial energético.
Para aproveitar todo o potencial eólico potiguar e fechar o ciclo econômico do setor, a SEDEC idealizou o projeto do Parque Tecnológico de Energia do RN, onde será feita a integração entre ensino, pesquisa, inovação, tecnologia e indústria em um ambiente de alto nível.
Com recursos já garantidos pelo Governo do Estado da ordem de R$ 46 milhões, o funcionamento do Parque Tecnológico de Energia será indutor para atração de empresas do setor e aumento na geração de empregos, além do domínio em tecnologia de energia renovável.
O trabalho do Governo do Estado assegura um ano de 2014 com grandes conquistas para a economia do RN, desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva, implantação de inúmeros projetos eólicos e a garantia do crescimento sem sobressaltos do setor de energia renovável.
Fonte:Jean Carlos