O próximo presidente da Assembleia Legislativa deverá ser do PMN. O atual presidente da Casa, deputado estadual Robinson Faria (PMN), eleito vice-governador do estado, será o condutor do processo de sucessão. O nome mais cotado para substituí-lo é o do deputado estadual Ricardo Motta (PMN), que exerce a função de primeiro secretário da mesa durante seis dos oito anos de mandato de Robinson.
A governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM) declarou, em entrevista ao Diário de Natal, que deixará a articulação com os deputados nas mãos de Robinson Faria. Com a decisão da democrata, os parlamentares eleitos pela sua base serão orientados a acompanhar a posição do vice-governador eleito. A democrata disse confiar no poder de articulação política do seu vice. O atual presidente da Casa também contará com o apoio do PMDB, que elegeu seis deputados, a maior bancada da Assembleia, nas eleições deste ano. O presidente estadual do partido, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), informou, ontem, que os parlamentares da sigla estarão afinados com o projeto de Robinson. Com isso, Faria já terá maioria garantida para decidir quem o substituirá.
Apesar de Ricardo Motta ser o parlamentar mais próximo de Robinson, o deputado estadual eleito com a maior votação, Antônio Jácome (PMN), que obteve 54.743 votos, também deseja ser presidente da Casa. Sabendo que seu nome não é o preferido por Robinson Faria, que preside o PMN local, Jácome articula agora o fim da reeleição para a mesa diretora da Assembleia.
Impedindo as sucessivas reeleições de presidentes da AL, Jácome espera chegar à cadeira desejada, ao menos, em dois anos. Além dele, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) também entrará na luta contra a reeleição. O petista informou que já preparou um projeto de lei para acabar com a fixação de parlamentares no comando da Casa. "Apresentarei esse projeto de lei porque entendo que a sucessão é benéfica para a democracia", justificou o petista. Com a adesão do PMDB ao grupo de Robinson Faria, o grupo que fará oposição ao governo Rosalba Ciarlini não terá condições de disputar a presidência da Casa. A eleição tende a ser de consenso entre governo e oposição, como ocorreu nos últimos anos. As negociações para a composição da mesa já começaram, mas os deputados se negam a comentar sobre o assunto.
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