sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Em greve, Polícia Civil realiza protesto na Governadoria

Em greve desde esta terça-feira (6), os agentes e escrivães da Polícia Civil do Rio Grande do Norte realizam um protesto na manhã desta sexta-feira (9), especialmente, em frente à Governadoria, para tentar conseguir uma audiência com a governadora Rosalba Ciarlini, que se encontra em Mossoró, ou o chefe da Casa Civil, Carlos Augusto Rosado.
Eles partiram da sede do sindicato, na Avenida Rio Branco, no Centro de Natal e seguiram em passeata até o Centro Administrativo, no bairro de Lagoa Nova. Na ocasião, os policiais irão fincar 365 cruzes, simbolizando o número de homicídios no Estado, que, até o momento, neste ano, registra 960 mortes por violência dessa natureza.
O Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol) afirma que o objetivo do protesto é cobrar melhorias nas condições de trabalho e com diversas reivindicações: nomeação e curso de formação dos aprovados no último concurso, que vem se arrastando desde 2008; vale refeição para os agentes; serviço terceirizado de limpeza das delegacias, que muitas vezes fica a cargo dos próprios policiais; retirada de presos das delegacias; e reajuste salarial.
REPÚDIO
O SINPOL reagiu a Portaria nº 183/2013, da Sesed/RN, dessa quarta-feira(7), publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (08). O art. 1º da medida define que “enquanto perdurar a greve dos escrivães e agentes de Polícia Civil, os Boletins de Ocorrências (BOs), deverão ser registrados por policiais civis, emergencialmente e temporariamente com exercício nas seguintes unidades policiais militares: em Natal, no quartel do Comando Geral da corporação, no bairro do Tirol; e, no interior do Estado, nas sedes das Delegacias Regionais de Polícia Civil e, na sua falta/indisponibilidade, nos Batalhões de Polícia Militar (BPMs) e Companhias Independentes de Polícia Militar (CIPMs)”.
A Portaria ainda esclarece que, “na hipótese de absoluta indisponibilidade de policiai civil para lavratura dos BOs, fica o delegado-geral da Polícia Civil, conjuntamente com o comandante-geral da Polícia Militar, autorizados a designarem policial militar para elaboração dos mesmos”.
Segundo o SINPOL, a medida do secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), Aldair da Rocha, sob o pretexto de resguardar o interesse da população, fere a legislação e é uma afronta às prerrogativas dos policiais civis. "Tais procedimentos, portanto, não possuem validade e poderão ser questionados na justiça", resumiu em nota.
Fonte:De Fato

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