quarta-feira, 6 de março de 2013

Seca espanta abelhas e produção de mel cai de 600 toneladas para 0 no RN


Produção de mel na Chapada do Apodi já foi uma das maiores do país.
Hoje, sem chuvas, pés de caju não floresceram e abelhas foram embora

A produção de mel na Chapada do Apodi, no Oeste do Rio Grande do Norte, despencou de forma assustadora nos últimos dois anos. A região, que produziu mais de 600 toneladas em 2011, de acordo com a cooperativa local, ainda não conseguiu colher nada este ano. A explicação é uma só: a seca. Sem chuvas, os pés de caju não florescem e as abelhas vão embora. É o que mostra a reportagem da Inter TV Cabugi, exibida na manhã desta terça-feira (5) no Bom Dia RN.
Segundo os apicultores, as abelhas sumiram porque, praticamente, não há mais flores nos cajueiros da região. E muitos pés, de tão secos, já morreram. Na Chapada do Apodi, consideradas uma das regiões que mais produzem mel em todo o país, a atividade praticamente acabou. A média anual de produção, caiu de 600 toneladas em 2011 para 40 toneladas no ano passado. Este ano, a situação é pior: a produção ainda não sSem abelhas, o apicultor Antônio Silva recolheu as 120 colmeias que matinha em suas terras. Hoje, ele tenta aproveitar a pouca cera que restou. “Isso aqui é pra fazer um aproveitamento, né? Pra fazer os favos, pra quando as abelhas voltarem”, explicou.
Além da crise por conta da falta de chuva, os apicultores de Apodi estão enfrentando outro problema: as depredações das colmeias pelos animais nativos, principalmente os macacos. Como muitos não encontram mais alimentos na área da caatinga, eles quebras as caixas e levam os poucos favos que ainda têm mel. “A crise tá ruim pra todos. E claro que incluem os macacos também. Eles chegam, viram as caixas e saem correndo com os favos de mel. As abelhas ferroando eles e eles correndo com os favos de mel”, lamentou Gilberto.
Com a baixa na produção de mel, os apicultores da Chapada estão buscando outros meios de sobrevivência. Urbano Torres, por exemplo, trocou as colmeias pela construção de cisternas. É um trabalho provisório, enquanto as abelhas não voltam para o sertão. “Aqui é só um tempo. Deus vai mandar o bom tempo e eu vou largar isso aqui”, garantiu.aiu do zero.
Fonte:G1

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