quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Membros da UFRN protestam contra privatização dos hospitais universitários


Estudantes, servidores e professores estão na reitoria para mostrar insatisfação com a junção dos quatro hospitais da instituição à EBSH.

Estudantes, professores e servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) se concentram, nesta quinta-feira (01), no prédio da reitoria, em Natal, para protestar contra o contrato da instituição de ensino com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSH), no qual se pretende filiar os quatro hospitais universitários a ele. 

Os participantes argumentam que essa junção dos hospitais Onofre Lopes, Heriberto Bezerra, Ana Bezerra e a Maternidade Januário Cicco são uma forma de privatização dos hospitais universitários e estão lutando para impedir esse acontecimento. 

No dia 23 de outubro, o conselho diretor do Hospital Onofre Lopes aprovou a adesão da unidade de saúde a EBSH. Porém, a decisão só seria tomada depois de aprovação pelo Conselho Universitário (CONSUNI).

A reunião com o Consuni deveria ter acontecido ontem (31) na reitoria, porém manifestantes contra a junção dos hospitais a empresa realizaram uma manifestação, que culminou no adiamento da votação. De acordo com Sandro Pimentel, membro do Sindicato dos Trabalhadores de Educação em Ensino Superior (Sintest), o estatuto da universidade diz que uma outra reunião deveria ser marcada 48 horas depois. 

Mas, a reitora Ângela Cruz resolveu, ontem à noite, marcar a votação para hoje de manhã na Secretaria de Educação à Distância (Sedis). Os manifestantes ficaram em frente à sede da Secretaria e causou uma discussão entre o pró-reitor de Administração, professor João Batista, com membros do Sintest.

Pimentel, que também é vereador eleito, acusa o professor de ter lhe agredido fisicamente e também verbalmente contra o presidente do sindicato, João Batista Rebouças. “Eu realizei um boletim de ocorrência na Divisão de Segurança e Polícia Federal e nós levaremos o caso a Justiça”, disse Sandro.

Depois, os membros do Sintest e pessoas simpatizantes com a causa foram para reitoria para protestar sobre a junção dos hospitais universitários a empresa. “Nós estamos aqui para denunciar a falta de democracia que está acontecendo nessa universidade”, afirma Rebouças.

Eles reivindicam que a junção dos quatros hospitais a ESBH seja feito através de um plebiscito. Além do Sintest, as reivindicações contam com a ajuda da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e Associação Nacional dos Estudantes Livre (Anel). 

Dentro da reitoria também estão estudantes que são contra a internação de um estudante de pós-graduação da universidade no Hospital João Machado. Algumas informações, divulgadas em alguns sites, alegam que foi internado devido às denúncias, feitas por eles, contra a instituição. Porém, a família alegou, através de uma entrevista e nas redes sociais, que a internação dele foi por está doente.
Fonte:Nominuto

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