Os pais queriam que ele se tornasse médico. Mas lógica e matemática sempre fizeram a cabeça de Flávio Henrique de Vasconcelos Alves. Por que não unir os dois? Foi isso que acabou levando o aluno de engenharia de controle e automação da UFMG à Nasa, a agência espacial americana. A história de como ele chegou lá começou em 2009. Sempre de olho em novas oportunidades, Flávio, de 23 anos, entrou para um programa da Universidade do Porto, em intercâmbio da UFMG com a instituição portuguesa.
Era fevereiro de 2009 e ele, aproveitando o trabalho que desenvolveu lá, fez uma sugestão a um pesquisador de Oxford. “Acabei indo para a Inglaterra, onde desenvolvi um software para avaliação do metabolismo cerebral”, conta. O programa, de acordo com ele, analisa o consumo de oxigênio pelo cérebro. “Com isso, há como diagnosticar o nível de funcionamento do cérebro”, continua. Ou seja, se houver alguma doença, o software vai apontá-la.
“Quando estava na Inglaterra, recebi uma carta de referência de Oxford que me indicava para qualquer grupo de trabalho no mundo”, relembra Flávio. Com a carta em mãos, envioua para a Nasa, que o convidou para uma temporada de três meses. O estudante começou em Dallas, partiu para Chicago e terminou em Houston, onde apresentou o trabalho no QG da agência espacial.
Grosso modo, o programa que ele desenvolveu compara o sinal cardíaco de um astronauta antes e depois de ele ir para o espaço. “O pessoal de lá viu que funcionava bem, mas afirmou que não tinha tempo de conferir linha por linha para ver se o código estava correto.” Flávio se dispôs a comprovar isso. Acabou conseguindo reduzir de meia hora para 1 minuto e 48 segundos o tempo de execução do programa de processamento de dados do eletrocardiograma dos astronautas.
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