É normal esquecer coisas de tempos em tempos e é mais normal ainda tornar-se mais desmemoriado à medida que se envelhece. Só não é normal esquecer muito e o tempo todo. Mas como medir esta frequência? Como saber se um esquecimento não passa de um lapso de memória ou trata-se de um sintoma de algo mais grave? Aqui vamos listar sete problemas de memória que não significam patologia alguma.
1 - Transitoriedade
Esta é a tendência de esquecer fatos ou eventos o tempo todo. As pessoas têm mais chance de esquecer alguma informação assim que a aprendem. Mas a memória tem um mecanismo de funcionamento que é usar-ou-esquecer: acontecimentos que são usados com frequência têm menos risco de serem esquecidos. Apesar de a transitoriedade parecer um sinal de memória fraca, neurocientistas veem como um benefício porque limpa o cérebro de memórias inúteis, abrindo espaço para as mais novas e mais úteis.
2 - Distração
Este tipo de esquecimento ocorre quando você não presta atenção suficiente. Você se esquece de onde pôs a caneta porque não focou em colocá-la onde estava da primeira vez. Talvez você estivesse concentrado em outra coisa ou em nada especificamente e seu cérebro não registrou a informação de forma segura. Distração também envolve esquecer de fazer alguma coisa num tempo predeterminado, como, por exemplo, tomar um remédio ou comparecer a algum compromisso.
3. Bloqueio
Alguém te faz uma pergunta e a resposta está na ponta da língua, mas não sai de jeito nenhum. Você sabe a resposta, mas por alguns instantes, ela some da memória. Este provavelmente é o tipo mais comum de bloqueio e, em muitos casos, acontece quando existem várias informações 'competindo' por espaço no seu cérebro. O bloqueio também é o responsável quando confundimos o nome de uma pessoa ou chamamos um amigo pelo nome de outro. Este tipo de perda de memória fica mais comum com o passar dos anos, mas, felizmente, estudos mostram que bastam alguns minutos para recuperar a memória perdida.
4. Confusão nos detalhes
Este problema é bem comum e acontece quando as pessoas lembram um acontecimento quase por inteiro, esquecendo pequenos detalhes como a hora, o local ou a pessoa envolvida. Às vezes, isto pode ocorrer quando a pessoa lê algo no jornal ou escuta uma notícia no rádio e, anos depois, acha que aquilo aconteceu com ela. Esta confusão pode explicar alguns casos de plágio e vai piorando com o passar dos anos. A medida que as pessoas envelhecem, fica mais difícil absorver detalhes de um acontecimento ou lembrar de um evento que se passou há décadas.
5. Sugestionabilidade
A Sugestionabilidade acontece quando a memória passa a sofrer com o poder da sugestão. Informações recebidas após o evento ter ocorrido podem mudar a percepção do indivíduo sobre o incidente. Às vezes, um fato que não aconteceu acaba sendo incorporado na memória por pura sugestão.
6. Preconceito
Nem mesmo a memória mais afiada está livre do preconceito. No cérebro, as percepções são moldadas pelas experiências pessoais, crenças, educação e até mesmo o humor. Sempre que lembramos de algum evento, ele é influenciado por estes fatores e, muitas vezes, a memória acaba não sendo 100% correta.
7. Persistência
A maioria das pessoas se preocupa em esquecer informações importantes, mas outras são atormentadas por memórias que não conseguem apagar. A persistência é comum em quem passou por traumas, como acidentes, perda de um ente querido ou abusos. A persistência também é mais comum em pessoas com depressão e estresse pós-traumático.
Nenhum comentário:
Postar um comentário