sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Wilma perde três minutos no guia e candidatos têm direito de resposta

A ex-governadora Wilma de Faria (PSB) perdeu três minutos do tempo que lhe é destinado no guia eleitoral do rádio. O juiz auxiliar da propaganda do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), Aurino Vila, julgou procedente e em conjunto três representações com pedido de direito de resposta contra Wilma e em favor dos senadores do RN, Rosalba Ciarlini (DEM), José Agripino Maia (DEM) e Garibaldi Alves Filho (PMDB). As respostas dos senadores serão veiculadas nas propagandas que vão ao ar hoje pela manhã e à tarde.

Em seu programa que foi ao ar no dia 28 de agosto, Wilma de Faria declarou: "Quando fui governadora, eu consegui fazer muita coisa, ou com recursos próprios ou com apoio do presidente Lula. Mas eu poderia ter feito muito mais, se os nossos senadores tivessem trabalhado a favor do Rio Grande do Norte e não, contra".

No seu despacho, o juiz Aurino Vila, diz que "é pertinente o deferimento do direito de resposta diante de clara mensagem com afirmação sabidamente inverídica e insinuação maliciosa que alcança a imagem do candidato da coligação representante".

O juiz Aurino Vila relatou ainda na sentença que a ex-governadora Wilma de Faria afirmou não só que os senadores do RN poderiam ter feito muito mais e foi além.

"Informou que ditos parlamentares trabalharam contra o Estado. Nem é o caso, portanto, de divulgação de que ditos parlamentares não apresentaram qualquer medida benéfica para o Estado, ou votaram para tal fim. Não se afirmou uma negligência, mas uma conduta positiva, qual seja, a atuação em desfavor do ente estatal", disse o magistrado na sentença.

O juiz auxiliar da propaganda acrescentou não ter se tratado de "de mera crítica administrativa, proferida em face de atuação supostamente ineficiente dos parlamentares."

Na análise do magistrado, a declaração de Wilma de Faria contra os senadores potiguares "pode causar danos irreparáveis ao patrimônio eleitoral dos apontados, colocando-se em discussão não só sua credibilidade, mas sua imagem perante o eleitorado".

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