Patu - No dia 25 deste mês, técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação, vistoriaram as fundações de um prédio que deveria ser uma creche no município de Patu. Para esta obra, o FNDE destinou R$ 700 mil, através do programa Pro-infância, que foram sacados do Banco do Brasil no período de julho a dezembro de 2008, mas a obra não foi feita. Tem só o alicerce e algumas paredes pela metade.
No início de 2009, a reportagem do JORNAL DE FATO mostrou documentos comprovando que os R$ 700 mil destinados para construir uma creche haviam sido sacados do Banco do Brasil no período de outubro a dezembro de 2008, em cheques assinados pelo então prefeito Posidônio Queiroga endossados a empresa contratada para fazer a obra.
O caso está sendo investigado há mais de ano pelo Ministério Público Federal e também pela Policia Federal, de Mossoró. O teor das investigações não é público. Na verdade, o processo de investigação corre em segredo de justiça, segundo informou a Delegacia da Polícia Federal, em Mossoró, justificando a necessidade de proteger o sigilo fiscal dos investigados.
Quando assumiu o governo no dia 27 de março de 2009, a prefeita Evilásia Gildênia (PSB) encontrou obras (financiadas pelo Governo Federal) inacabadas deixadas pelo ex-gestor Posidônio Queiroga, o que terminou por dificultar vários projetos financiados pelo Governo Federal no município, como a construção de praças, postos de saúde, entre outras.
É que quando o gestor público não constrói a obra, gasta os recursos e não presta contas, a referida Prefeitura fica com restrições nos Tribunais de Contas e nas demais instituições de governo que liberou os recursos. No caso de Posidônio Queiroga, os recursos foram liberados pelo MEC através do FNDE, para construir uma creche no bairro Nova Patu.
O mesmo programa liberou recursos para construir creches nas demais cidades da região Oeste. Em Pau dos Ferros, Lucrécia, Portalegre, por exemplo, as obras estão em fase de conclusão, devendo começar a funcionar no início do próximo ano. A unidade de Patu ficou no alicerce, muito embora todos os recursos tenham sido gastos no período de julho a dezembro de 2008.
Os técnicos fotografaram a obra e tomaram anotações. Procuraram a empresa contratada e conversaram com os vizinhos do local da obra. Tiraram medidas do que foi feito e calcularam valores aproximados que foram investidos conforme os preços praticados no mercado local. Depois se reuniram com a prefeita Evilásia Gildência e secretários municipais.
Fonte: DE FATO
Nenhum comentário:
Postar um comentário