sábado, 24 de abril de 2010
Cursinho é sucesso de aprovação em Pedro Velho
Dificuldades para inscrições no Enem, Sisu, ProUni ou qualquer outro programa de educação do ensino médio ou superior não é problema para os alunos do Cursinho Comunitário Ocila. É um cursinho preparatório para vestibulares e concursos, montado pela direção da escola estadual, professora Maria Ocila Bezerril, na cidade de Pedro Velho, a 90 km de Natal, litoral sul do estado.
Pedro Velho tem aproximadamente 13 mil habitantes. A escola Ocila Bezerril trabalha com o ensino médio e tem 600 alunos matriculados. Até o ano de 2008 a média de aprovação de alunos da escola em concursos e vestibulares era de um aluno por ano. Em 2007 não houve se quer uma aprovação. Contudo essa realidade vem mudando.
Em 2009 o diretor e os coordenadores da escola montaram um cursinho preparatório que além do trabalho de preparação didático/pedagógica faz o acompanhamento e orientação dos alunos desde a inscrição, com fotos digitalizadas, até o cadastramento para ingressar na universidade. Enquanto para muitos alunos, em todo país, a dificuldade para ingressar no curso superior foi a burocracia imposta pelo gerenciamento dos programas como Sisu, Enem e ProUni, em Pedro Velho os candidatos encontraram uma forma de driblar esse problema. O diretor Marcos Tavares concentrou as inscrições na escola e passou a gerenciar e acompanhar todo o processo individualmente.
Com isso, dos 120 alunos que participaram do cursinho, 110 foram inscritos e surpreenderam a cidade com 31 aprovações. Um resultado inédito na cidade, mas que preocupa os organizadores. É que o fato encheu de esperança muitos estudantes que não acreditavam em cursar o ensino superior. Muitos deles já haviam terminado o ensino médio há alguns anos, mas agora resolveram voltar a sala de aula visando os próximos concursos. Com isso, a procura aumentou e a falta de estrutura para atender a demanda preocupa a direção.
As conquistas vêm despertando muito interesse de toda a comunidade. Uma das maiores foi a aprovação de um aluno para Fuzileiro Naval da Marinha. De acordo com Marcos Tavares outras escolas estão buscando parcerias, até mesmo, entidades de outros municípios já demonstraram interesse em ter o cursinho na sua cidade.
Para a professora Ana Cláudia, o grande mérito da equipe é a orientação: “o aluno da escola pública não acredita, mas quando ele vê os resultados divulgados ele se estimula, portanto, o incentivo com as aprovações para os outros é muito grande”.
Para participar, os estudantes pagam uma taxa simbólica de R$ 2.00 (Dois Reais), destinada a custear as despesas de transporte para os professores que vêm de outros municípios. Os professores locais recebem apenas uma ajuda de custo. As aprovações foram 9 para a UFRN, 1 na UFCG, 2 para o IFRN, 1 para o IFPB, 7 no ProUni, 3 na UERN, 6 para a UFPB e duas em faculdades privadas.
Que bom seria se em Messias Targino,nossos vestibulando e professores tivessem o mesmo interesse.
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