sexta-feira, 23 de abril de 2010

A briga eleitoral provoca o primeiro prejuízo ao Rio Grande do Norte

É lamentável que os políticos em ano eleitoral não consigam se entender em favor dos interesses maiores do Estado.

A briga político-eleitoral entre o governador iberê ferreira de souza e o deputado Robinson Faria, presidente da Assembleia, causa o primeiro prejuízo ao povo do Rio Grande do Norte. Neste caso, a Natal, sub-sede da Copa 2014.

Iberê é pré-candidato à reeleição. E Robinson Faria é pré-candidato a vice-governador na chapa de oposição a Iberê.

O Governo do Estado tem até hoje para apresentar à Caixa Econômica Federal os documentos para contrair empréstimo no valor de 77 milhões de reais destinados a obras de mobilidade urbana na capital com vistas à Copa do Mundo de futebol.

Na documentação que deve ser apresentada à Caixa, o Governo teria de apresentar uma autorização da Assembleia Legislativa. Essa autorização não foi votada. Com isso, o Governo não poderá apresentar os documentos e, consequentemente, não poderá garantir o dinheiro já apalavrado.

Segundo o Governo, esse dinheiro - os 77 milhões de reais - seriam gastos no prolongamento da avenida Prudente de Morais (R$ 11 milhões), no acesso ao futuro Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (R$ 15 milhões), nos túneis das avenidas Roberto Freire e Ayrton Sena (R$ 20 milhões), no entrocamento da Roberto Freire com a Rua Missionário Grunnan Vingren (R$ 20 milhões) e em túneis de acesso à Via Costeira (R$ 15 milhões).

Ou seja, os recursos deste empréstimo serão empregados em obras fundamentais para a Copa de 2014.

Os políticos não podem ficar apenas no discurso. Este evento, a Copa 2014, é quase uma unanimidade. Entre eles, podemos dizer, é uma unanimidade. Trata-se de um tema vistoso, simpático, patriótico. Em ano de Copa do Mundo e de eleição, aí é que combina! Como cai no gosto do povo!

Mas os políticos precisam entender que a campanha eleitoral não pode ameaçar o andamento das instituições, a prestação de serviço à sociedade e o cumprimento do dever como agentes públicos.

Senão, das duas, uma: ou paramos o Estado - suas ações nos três poderes - e esperamos o mês de outubro, mês das eleições. Ou antecipamos as eleições para a próxima semana, o mais rápido possível. Desta forma, resolve-se a vida de cada um desses agentes políticos que ora brigam pelo poder e nós poderemos voltar à rotina dentro de uma certa normalidade.

O Rio Grande do Norte só tem o grande no nome. É pequeno. Não pode se dar o luxo de abrir mão de verbas para obras de infra-estrutura.

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