quarta-feira, 28 de junho de 2017

Após 1ª sessão para retirada, frase ‘eu sou ladrão e vacilão’ começa a sumir da testa de menor tatuado

A frase “eu sou ladrão e vacilão” começou a sumir parcialmente do adolescente de 17 anos que teve a testa tatuada à força como punição porque teria tentado furtar uma bicicleta no ABC, neste mês. O G1 teve acesso com exclusividade a uma foto feita nesta terça-feira (27) depois da primeira sessão para remoção da tattoo realizada no sábado (24).
O procedimento foi feito em Mairiporã, na clínica de reabilitação onde o menor faz tratamento contra o vício em crack e álcool. “O laser faz com que o organismo absorva a tinta”, confirmou Sérgio Castillo, diretor terapêutico da clínica Grand House, responsável por tratar gratuitamente do garoto na Grande São Paulo.
Segundo Castillo, uma clínica de estética de São Bernardo do Campo, no ABC, começou a remover de graça a tatuagem feita no adolescente. Como o menino está em abstinência, por questões de segurança, a recomendação foi que ele passasse pelas sessões de laser em Mairiporã.
Ao todo, ele deverá ser submetido a dez sessões, sendo uma por mês. A expectativa é a de que a inscrição seja removida até março de 2018. “A primeira resposta foi boa”, disse Sérgio.
A reportagem não conseguiu localizar a clínica de estética, a mãe e o advogado do menino para comentarem o assunto.
O adolescente foi internado no dia 13 de junho na clínica particular de Mairiporã. Ele deverá ficar até o fim deste ano para se reabilitar da dependência química. Ainda de acordo com a Grand House, a pedido da proprietária da clínica que cuida da remoção, o nome da empresa não está sendo divulgado.
Ele foi tatuado em 9 de junho, em São Bernardo, pelo tatuador e músico Maycon Wesley Carvalo dos Reis, de 27 anos. O vizinho dele, o pedreiro Ronildo Moreira de Araújo, 29 anos, filmou.
Com a divulgação e compartilhamento do vídeo nas redes sociais, a Polícia Civil prendeu os dois homens em flagrante. Os dois confessaram ter tatuado e filmado como forma de punir o adolescente porque ele queria furtar a bicicleta adaptada de um deficiente físico.
Maycon e Ronildo foram indiciados por tortura, mas o Ministério Público (MP) não concordou com a investigação policial e denunciou os dois à Justiça pelos crimes de constrangimento ilegal, lesão corporal e ameaça. As defesas dos dois acusados deverá pedir a liberdade para que respondam soltos pelo que fizeram.
Os agressores e o dono da bike moram em uma pensão no centro de São Bernardo, onde o menor foi levado após desaparecer no dia 31 de maio. Ele só foi encontrado no dia 10 de junho, um dia após ter a testa tatuada.
VIA G1

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