Além de Natal, as cidades de Recife e Fortaleza também disputam a localização do empreendimento anunciado para o Nordeste pela companhia aérea. A escolha do local está prevista para este ano.
A instalação do Centro de Conexões de Voos, também chamados de Hub, da companhia aérea Latam no Rio Grande do Norte foi mais uma vez tema de encontro na capital. Ontem, pela manhã, a classe política, representantes da sociedade civil e empresários estiveram reunidos em encontro promovido pelo ex-senador da República, Fernando Bezerra, ocorrido no salão de eventos do Sebrae do Rio Grande do Norte.
No evento, foi solicitado pelo governador Robinson Faria (PSD) audiência junto à Petrobras com as lideranças políticas do Estado para tratar da redução do querosene de aviação cobrado em solo potiguar.
O encontro ainda sem data definida levará o pleito do Estado que também é produtor do combustível que abastece as aeronaves.
Para o coordenador da bancada federal, deputado Felipe Maia, presente ao encontro, a união da classe política em torno do projeto é de fundamental importância para captação deste equipamento para o Estado. “Estamos falando de um investimento de cerca de R$ 4 bilhões e aproximadamente 12 mil empregos gerados. Talvez nos próximos 50 anos não tenhamos um empreendimento de tamanho porte que irá nos beneficiar tanto como este, ou seja, a luta tem que ser todos”, enfatizou o parlamentar do Democratas.
Na reunião também estiveram presentes o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, os senadores José Agripino e Garibaldi Alves, os deputados federais Walter Alves, Rafael Motta, Rogério Marinho e Zenaide Maia, o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, deputado estadual Hermano Morais, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Cláudio Santos, o Arcebispo Dom Jaime, a reitora da UFRN, Ângela Paiva, os prefeitos de Natal e São Gonçalo do Amarante, Carlos Eduardo e Jaime Calado, respectivamente, e secretários de Estado.
O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, também participou do encontro de ontem em Natal, com a presença de políticos e empresários, apoiados pela igreja, para fortalecimento da luta em defesa do Hub da Latam no Aeroporto Internacional Aluízio Alves.
As cidades de Recife e Fortaleza também disputam a localização do empreendimento anunciado para o Nordeste pela companhia aérea. A escolha do local está prevista para este ano. A entrada do Rio Grande do Norte na disputada pela central de conexões da Latam foi por causa do novo Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, acredita o ministro.
O novo aeroporto de Natal, localizado na região metropolitana, foi o primeiro privatizado no Brasil. A posição geográfica privilegiada para conectar a América do Sul com a Europa e a África e a infraestrutura turística local então entre os trunfos do Rio Grande do Norte na disputa pelo empreendimento. “O Rio Grande do Norte não terá nos próximos 50 anos uma nova oportunidade igual é essa”, disse o ministro.
Henrique Alves listou uma série de itens que serão levados em consideração para a escolha da central de conexões aéreas. “Se o principal for a infraestrutura aeroportuária, o Rio Grande do Norte não terá como perder”. O aeroporto de Natal, além de dispor de área de expansão, está entre os mais bem avaliados pelos usuários. Em nove itens da avaliação de satisfação, os passageiros escolheram Natal um dos melhores aeroportos do Brasil entre 15 terminais avaliados. Um dos aspectos mais discutidos para a conquista do Hub foi a redução do preço do querosene de aviação. O combustível é produzido no Rio Grande do Norte, na Refinaria Clara Camarão, em Guamaré, a mesma que abastece os aeroportos de Recife e Fortaleza, localizados a 400 km da refinaria. O combustível é o item que mais pesa na composição dos custos de uma companhia aérea. “Um Hub gera muitas conquistas sociais, além de muitos empregos e renda, pela sua capilaridade”, ressaltou citando a expectativa de 10 mil novos empregos.
O ministro listou uma série de problemas que precisam de solução e que serão levados em consideração para a escolha da central de conexões aéreas. Henrique Eduardo Alves defendeu uma Parceria Público-Privada para fazer a ligação do acesso sul com a BR-304 na altura da Reta Tabajara. O ministro também propôs uma linha de trens até o aeroporto, aproveitando a ampliação da malha ferroviária já existente do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Como ministro, Henrique Alves disse que precisa atuar com isenção, mas como político ele tem dever com o Estado e se dispôs a ajudar o movimento no que for possível, se colocando à disposição do governador e da classe empresarial. “Não é possível que essas decisões beneficiem sempre os estados mais ricos e maiores. Está na hora de termos uma visão diferenciada do desenvolvimento regional, pensando nos estados menores e mais pobres”, defendeu o ministro do Turismo. Senadores, deputados federais e estaduais, além de lideranças empresariais, reafirmaram a tese de união política e de forças. O movimento conta com o apoio da igreja representada pelo arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira.
Fonte:Gazeta do Oeste
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