sexta-feira, 12 de junho de 2015

Rio Grande do Norte se une para ser incluído no pacote federal de R$189 bilhões

Na próxima segunda-feira (15), membros da bancada federal potiguar, prefeitos de Natal e da Região Metropolitana, representantes das Federações das Indústrias (FIERN), Comércio (Fecomércio), Câmara de Dirigentes Lojistas, entre outras entidades, estarão reunidos com o governador Robinson Faria para discutir possíveis projetos que a serem apresentados para inclusão do Rio Grande do Norte no Plano de Concessões do Governo Federal.    Batizado de Programa de Investimentos em Logística (PIL 2) e lançado na última terça-feira (9), ele prevê R$ 198,4 bilhões em planos de concessões em obras de infraestrutura, mas não contemplou o Estado alegando que faltam projetos do RN que atraiam investidores.   “O Governo está empenhado em garantir estes investimentos para o Rio Grande do Norte e está certo de que essa união fortalecerá ainda mais estes pleitos”, declara o governador. A reunião vai ocorrer às 10h na Escola de Governo do Centro Administrativo, quando deve ser instalado um comitê de acompanhamento das tratativas para a possível instalação do hub da TAM no Rio Grande do Norte.   Dos R$ 198,4 bilhões anunciados, R$ 69,2 bilhões devem ser aplicados entre 2015 e 2018. A segunda fase do programa tem o objetivo de modernizar aeroportos, rodovias, ferrovias e portos. A primeira fase foi lançada em 2012.   Para o presidente da Fiern, Amaro Sales, é possível, a partir do encontro, o governo, junto à iniciativa privada construir uma agenda de propostas de projetos para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, onde constem iniciativas em infraestrutura de transportes, conforme prevê o programa MAIS RN, lançado pela federação com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado. “A iniciativa do Governador Robinson Faria converge para o pacto defendido pela FIERN em torno do MAIS RN”, destaca.    Ele relaciona algumas propostas que podem ser aproveitadas de imediato, como as vias expressas rodoviárias e ferroviárias de acesso ao Aeroporto Aluízio Alves, que fortalecerão o hub; a duplicação da BR-304 até a divisa com o Ceará; e a integração ferroviária entre Natal e Mossoró. “É importante que todos opinem e que a reunião seja, enfim, um marco na construção de uma nova agenda de desenvolvimento para o Estado”, afirma Amaro.   Segundo explica, a médio e longo prazos, outras sugestões estão sendo consideradas no MAIS RN, que, no momento, estuda a viabilidade de propostas que poderão receber aportes tanto de recursos públicos quanto privados. Ele cita, entre essas propostas, a construção de um novo porto em Porto do Mangue; construção de ramal ferroviário entre Cruzeta, Jucurutu e Porto do Mangue; construção de ferrovia de Macau a Mossoró, passando por Porto do Mangue e Areia Branca; ampliação e diversificação do Porto de Areia Branca para o escoamento multicarga; e sistema de transportes de média e alta capacidade (trens e ônibus rápidos), com integração modal da Região Metropolitana de Natal.   Se a parceria entre governo e iniciativa privada for exitosa na apresentação de projetos, o estado ainda pode ser incluído no plano de concessões do governo federal, segundo o Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Para tanto será preciso atrair empresas dispostas a estudar a viabilidade de assumir – via concessão – rodovia, porto ou ferrovia no Rio Grande do Norte.   Hub Durante a reunião do governador, deverá ser criado um comitê para acompanhar tratativas para a possível instalação do primeiro hub – centro de conexões de voos domésticos e internacionais do Nordeste - para o grupo Latam Airlines (das companhias aéreas Tam e Lan).    No início do mês passado, o governador já apresentou aos empresários do grupo, uma série de argumentos para credenciar o estado a receber o investimento, como a posição geográfica do aeroporto potiguar, situado na grande Natal, facilitando viagens e conexões internacionais. Além disso, Robinson Faria mostrou que o RN é um dos poucos estados que contam com uma refinaria de Querosene de Aviação (QAV) no Nordeste e que concedeu incentivo com a redução do ICMS sobre o combustível de 17% para 12%, propiciando a redução dos custos das empresas aéreas com o insumo.   Outro ponto é a infraestrutura aeroportuária da primeira concessão privada do Brasil e o potencial turístico, dada a ampla rede hoteleira que o estado possui. Também disputam o investimento os estados do Ceará e Pernambuco. 
Fonte:Novo Jornal

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