terça-feira, 9 de junho de 2015

Porque odiar no Facebook é mais gostoso

"Sou fascinado pelo fenômeno do ódio nas redes sociais, principalmente no Facebook. Tem gente que só posta conteúdo de ódio. Sempre odiando algo, alguém, um partido, um movimento, um fato, uma ação."
Sou fascinado pelo fenômeno do ódio nas redes sociais, principalmente no Facebook. Tem gente que só posta conteúdo de ódio. Nunca algo positivo, uma foto pessoal, uma música, dica de filme, artigo curioso, humor. Sempre odiando algo, alguém, um partido, um movimento, um fato, uma ação.
 
Este fenômeno ganhou fama e nome. Pessoas que agem assim são classificadas como “Haters” (Odiadores). Proliferam nas redes sociais. Principalmente no Facebook.
 
Tentei pesquisar porque isso acontece. Raramente, por exemplo, recebo um e-mail contendo ódio. Nunca recebo mensagens por celular neste sentido. Mas, em posts ou mesmo na timeline do FB esse ódio em relação ao que posto, penso ou exponho é sempre grande. Idem em relação a muitos amigos meus.
 
Comecei a fazer uma analogia. Sabe quando a gente vai à casa de um amigo ou conhecido e vê na sala um quadro brega daqueles que dá vontade de criticar?
 
Ou quando visitamos a casa de outro amigo e vemos na cozinha a geladeira cheia de ímãs, um mais bizarro que o outro?
 
Pois é, na casa alheia ninguém critica nem ridiculariza as manias e opiniões do dono do casa. Mas, no Facebook, é possível faze-lo.
 
Esquecendo que a timeline de cada usuário é uma espécie de “casa” virtual, exercemos nossa tara algo sádico de fazer o que não podemos na case dele: ir no espaço dele e desfeiteá-lo ou ás suas opiniões.
 
E quase sempre com ódio. O sujeito posta um artigo sobre Bolsa-Família. Os amigos vão no post dele chama-lo de petralha e ladrão. Outro posta um artigo de FHC. Ganha status de tucano reacionário e amigo de cheirador de pó. Postar contra a homofobia? Conivente com a “ditadura gay”. Haja ódio.
 

Mas, odiar no espaço dos outros é mais divertido, talvez tenha um status de subversão que espicace nossos instintos mais primitivos, como diria José Dirceu. Ou será que todos nós nunca tivemos vontade de zoar com aquele sofá colorido ridículo do vizinho?
Fonte:Potiguar Notícias

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