terça-feira, 2 de junho de 2015

Cosern corta luz da Casa do Estudante de Natal

Foi no escuro total que a tradicional Casa do Estudante do Rio Grande do Norte chegou à noite desta segunda-feira, 1°, hoje, porque a Companhia Energética (Cosern) cortou-lhe o fornecimento de energia em função do grande atraso que se impôs nos últimos meses ao pagamento da conta pela instituição.
Ao transmitirem a informação ao Blog, moradores da casa, situada na praça Coronel Lins Caldasno centro de Natal, culparam o governo do Estado, que é o responsável pelo custeio da instituição. Por que ele não vem pagando as contas, a Cosern, situada ali perto, decidiu pelo corte.
Procurando acender
No início da noite, alguns ex-moradores da casa, notadamente situados entre políticos na ativa em Natal, entraram em campo com o propósito de reacender as lâmpadas e religar equipamentos da Casa do Estudante.
Um dos mais empenhados parecia ser o deputado estadual Getúlio Rego (Dem), que procurou acionar no governo e fora dele esquemas capazes de restaurar o fornecimento da força à Casa do Estudante.
Segundo alguns estudantes, o empenho do parlamentar transcende a esta questão: há alguns meses, dizem, só conseguem preparar comida na casa porque Getúlio, pessoalmente, vem pagando o gás liquefeito de petróleo que queimam em seus fogões.
Instado pelo blog, Pelo celular, Getúlio confirmou a escuridão, pois havia ido à Casa do Estudante por volta das 18 horas, ao ser informado pelos moradores, mas não mais falou, argumentando, que naquela ocasião estava com outro interlocutor em outra linha procurando justamente, um jeito de devolver a energia ao estabelecimento, pelo qual, como disse, nutre grande carinho.    
Culpa do Estado
Há poucas semanas, líderes da Casa do Estudante denunciaram o governador Robinson Faria porque desde o início de 2015 o Estado não fornece alimentos à instituição. A fome estava forçando alguns dos noventa moradores da casa a voltar para seus lares familiares, no interior do Rio Grande do Norte.
Na visão deles, o problema está na secretaria estadual de Trabalho, Habitação e Assistência Social, comandada pela esposa de Robinson, a advogada Julianne Faria. Eles garantem que tentaram resolver a situação com a Secretária, mas esta nunca lhes deu respostas, nem sobre a mitigação da fome nem sobre a recuperação que pedem para o prédio, que a seu ver está caindo aos pedaços. 
Cansando-se de levar chá de cadeira, recorreram ao Ministério Público. Após a interveniência do “parquet”, dizem, o governo chegou a fixar um prazo para retomar da entrega dos alimentos. A recomendação, porém, garantem, foi descumprida.
A citação da secretaria, a propósito, mostrou uma situação que sugere que o Ministério Público não está se levando a sério quando se trata de enfrentar o poder executivo.
Em nota motivada pela denúncia quanto à falta do que matar a fome dos estudantes, a Secretaria de Assistência Social explicou que o fornecimento dos alimentos obedecia a um “Termo de Ajustamento de Conduta”, ou TAC, que ela e o “parquet” assinaram em 2009. Como a direção da Casa do Estudante não atendeu a determinadas recomendações, o TAC foi encerrado, segundo o governo. E tudo ficou por isso mesmo, em detrimento do estômago dos educandos.
Fonte:Blog do Roberto Guedes

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