Os servidores do Poder Judiciário Federal no Rio Grande do Norte decidiram, por unanimidade, entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira, dia 21 de agosto. A deliberação foi tomada durante a Assembleia Geral Extraordinária realizada na manhã da última sexta-feira (15), quando ocorreu o Apagão Geral em frente ao prédio do Tribunal Regional do Trabalho, no bairro de Lagoa Nova.
A movimentação teve um número recorde de servidores e decisão inédita de uma paralisação dos servidores do TRE em pleno ano eleitoral. Com a greve ficam vão funcionar apenas 30% dos serviços no TRE, TRT e Justiça Federal.
No país quatro estados já estão em greve: São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina além do Distrito Federal. Entram em greve na próxima semana, igualmente com o Rio Grande do Norte, os Estados de Mato Grosso, Bahia e Rio de Janeiro. Os demais realizam piquetes e apagões de 24 horas.
O movimento nacional tem como objetivo pressionar o Supremo Tribunal Federal a negociar com o Governo e garantir o orçamento em sua integralidade, para que o reajuste da categoria seja reencaminhado ao Congresso, e que o Executivo inclua orçamento, tudo a tempo, para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O prazo para isso se encerra no dia 30 de agosto. A categoria está há seis anos sem aumento e a mobilização é em defesa de um reajuste emergencial, as perdas salarias se encontram na casa dos 50%.
De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Rio Grande do Norte (Sintrajurn), Leandro Gonçalves, cruzar os braços em um ano de eleição é a única maneira que os servidores possuem para forçar o Executivo a negociar. “Somente a greve para abrir um canal de negociação”, disse ele ressaltando a importância de se juntar aos demais sindicatos do País. “Cada Estado que entra reforça o movimento e anima os outros para entrar também e garantir que não haja corte no orçamento”.
A greve por tempo indeterminado foi aprovada por unanimidade a partir do dia 21 de agosto, além da realização de uma Assembleia Geral no primeiro dia de paralisação como também atos públicos nos dias 21, 25 e 26 deste mês, todos em frente a sede do Tribunal Regional Eleitoral.
Fonte:Jornal de Fato
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