quinta-feira, 22 de maio de 2014

Uern: Diferentes setores aprovam adesão do Enem e reitor afirma que decisão sai em breve

A Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) está muito próxima de aderir ao Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). O tema é debate de audiência pública na Câmara Municipal de Mossoró na manhã desta quinta-feira (22).
Os principais pontos para que a adesão fosse defendida é diminuição de custos da Uern, que já sofre com dificuldades de orçamento para manter-se, como também a segurança já alcançada com Enem, exame que serve tanto para entrada na maioria das universidades públicas do Brasil, como também para outros programas federais, como o Ciências Sem Fronteiras.
O coordenador da Comissão Permanente de Vestibular (Comperve), Egberto Mesquita, defendeu a adesão do Enem, refutando argumentos contrários. Atualmente o vestibular da Uern é vocacionado, com os inscritos fazendo provas apenas das áreas em que estão concorrendo. Egberto afirma que o Enem permite manter diferenças no peso das notas e também as cotas, que é um avanço garantido pelo Enem.
Outro ponto abordado por Egberto foi o aumento da concorrência, o que o coordenador da Comperve afirma não existir atualmente. “Isso aconteceu em 2010, quando poucas universidades aderiram ao sistema. Agora já não existe mais isso”, comentou Egberto.
O professor Carlos Pavão foi o representante da Ufersa e falou que a experiência da Universidade é de sucesso. Ele trouxe estatísticas que quebram o tabu de que as vagas não serão ocupadas por estudantes locais, por se tratar de um sistema único nacional.
“99% das vagas são ocupadas por estudantes do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. Apenas 1% dos estudantes são de outros estados. O intercâmbio na verdade é interessante, para se trocar experiências, mas como temos um país continental essa mobilidade não é tão grande”, declarou o professor, ressaltando que os países mais desenvolvidos adotam um sistema único de ingresso a universidade.
A adesão ainda contou com o aval de representantes da Prefeitura e também dos vereadores de Mossoró.
O reitor da Uern, Pedro Fernandes, admitiu as dificuldades sofridas pela Universidade, após falas de representantes estudantis sobre o tema, mas destacou a democracia da Uern em levar esse tema para uma audiência pública.
“É uma ousadia do Rio Grande do Norte manter uma universidade, uma vez que é de responsabilidade da União a manutenção do ensino superior no país. O mais importante é debater sobre esse tema. Poderíamos estar fechados na Universidade, mas estamos ouvindo a sociedade e vamos levar as opiniões, para tomarmos uma decisão”, declarou o reitor Pedro Fernandes.
Fonte:Defato

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