quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Polícia investiga casal preso em flagrante tentando vender filha de dois anos pelo FACEBOOK

O delegado Geraldo da Costa, da Gerência de Proteção à Criança e ao Adolescente (GPCA), disse que a Polícia Civil de Pernambuco vai investigar se o casal preso em flagrante vendendo a filha de dois anos, ontem, na Estação do Metrô de Jaboatão, responde por outros crimes no Rio de Janeiro. 
Os dois poderão responder ao processo em liberdade se pagassem fiança, de valor não informado. Caso contrário, ele segue para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, e ela para a Colônia Penal Feminina do Recife.

De acordo com delegado, o casal responderá pelo crime de entrega de filho mediante pagamento ou recompensa. A dupla poderá pegar até quatro anos de reclusão. A criança vai ser entregue ao Conselho Tutelar de Jaboatão dos Guararapes.

“Também será averiguado se eles são, de fato, pais biológicos da menina, porque a frieza deles em relação a ela é grande. Não demonstram nenhum amor”, afirmou Geraldo. De acordo com ele, a mãe não chorou em nenhum instante, “só quando soube que seria presa”, contou.

No momento da prisão, a delegada Nercília Dantas Quirino disse que a
garota parecia apática. “Ela não chorava nem sorria. Depois que chegou à GPCA, passou a demonstrar algumas expressões”, relatou.

A outra delegada responsável pelo caso, Alba Tânia Abrantes Casimiro, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância, contou que o casal tem mais uma filha, de cinco anos, e o pai das duas meninas tem outra filha, com outra mulher.
Entenda o caso
Mil e quinhentos reais, um notebook e dez parcelas de R$ 200. Foram esses os valores cobrados por um casal ao tentar vender a própria filha, de dois anos. Os dois foram presos em flagrante, na noite de ontem, na Estação do Metrô de Jaboatão, quando entregariam a menina a Sandrine Costa Ananias, de 24 anos, de Campina Grande, na Paraíba, que fez a denúncia à polícia.

A estudante de Serviço Social viu o anúncio da criança em uma página do Facebook sobre adoção, a qual costuma entrar para fazer trabalhos científicos.

Sandrine Costa estranhou a oferta na rede social e começou a conversar com a mãe, a manicure T.B.P., de 23 anos. Ofereceu-lhe ajuda no valor de R$ 200 para que ela não vendesse a menina. A postagem foi feita na última sexta-feira. A mãe ainda tentou negociar com pessoas de Goiás e do Espírito Santo, além da Paraíba.

“Falei com ela na própria sexta e, no domingo, ela voltou a falar comigo querendo fechar negócio. Afirmou que um casal teria ofertado R$ 5 mil. Eu disse que não tinha esse valor. Ofereci R$ 1,5 mil, um notebook e inventei que pagaria o restante em dez vezes de R$ 200. Ela aceitou. Então procurei o Ministério Público e a Polícia Civil da Paraíba para denunciar”, contou Sandrine.

Denúncia feita, a Polícia Civil da Paraíba procurou a Polícia Civil de Pernambuco, porque o casal, apesar de ser do Rio de Janeiro, mora no Recife. De acordo com uma das delegadas paraibanas responsáveis pelo caso, Nercília Dantas Quirino, da Delegacia da Infância e Juventude, a mãe da garota falou que queria dinheiro para se prostituir na Europa. “Mas não sabemos se isso procede. Percebemos a ânsia dela de se livrar da criança e ganhar dinheiro”.
Segundo a polícia, o pai da menina, o mototaxista P.R.A.F., de 41 anos, não participou das negociações. Mas ele foi entregar a criança no metrô. Questionado sobre a razão de ter deixado a mulher vender a filha, afirmou que só falaria em juízo.
Fonte:Nominuto

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