As justificativas da juíza Valéria Maria Lacerda Rocha, no decreto de
prisão preventiva do presidente da Câmara Municipal de Assu, Odelmo
Moura Rodrigues, são de arrepiar.
Entre as justificativas, consta que Odelmo Rodrigues teria mando pistoleiros matar um político (descobrimos que se tratava de um deputado estadual) do Rio Grande do Norte e o serviço não foi feito, daí ele teria matado os dois pistoleiros em Assu.
Odelmo Rodrigues é investigado na Operação ‘Mal assombro’, da Polícia Civil.
Segue:
“15. De início, vale ressaltar que a liberdade é sempre a regra e a prisão é a exceção a referido direito fundamental, entretanto, pelas provas até aqui colhidas há indícios mais do que suficientes de que os acusados Odelmo de Moura Rodrigues e Aureliano Rodrigues da Silva, irmãos entre si, caso permaneçam em liberdade colocarão em risco a instrução processual pelo modus operandi do grupo. Segundo constam das investigações, e principalmente, dos depoimentos testemunhais prestados até aqui, os denunciados são integrantes da família Rodrigues, baseada na região do Vale do Assu/RN, contra quem pesa a suspeita de comandar um forte e criminoso grupo de executores, responsáveis pelo cometimento de vários crimes de homicídios na região e arredores, envolvendo, inclusive, agentes públicos.
16. Analisando os presentes autos, constata-se que a vítima fatal, Joaquim Gomes, foi sumariamente executado como queima de arquivo, porque também participava do suposto grupo criminoso comandado pelos acusados, porém, em razão de divergências foi expulso do esquema, e posteriormente assassinado, fato este motivo provavelmente por ter conhecimento das várias ações do grupo, havendo relatos, inclusive, que após o fato, eles passaram a ameaçar testemunhas e familiares da vítima.
17. Outro ponto que merece destaque, foi o reconhecimento feito pela vitima Cândido Henrique, no dia 2 de agosto de 2012, o qual mesmo após vários anos do ocorrido, sem sombra de dúvidas, ao comparecer ao Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes reconheceu, dentre as pessoas apresentadas para reconhecimento, a pessoa de Aureliano Rodrigues da Silva como o autor dos disparos que vitimou fatalmente Joaquim Gomes e que atirou também em sua direção, conforme consta do termo de reconhecimento constante às fls. 398-400.
18. Também consta nos autos, que o acusado Odelmo de Moura Rodrigues, supostamente teria contratado dois pistoleiros para matar um político potiguar, os quais, em razão de não cumprirem com o ajustado, foram mortos na cidade de Assu/RN, a teor das informações prestadas por Sebastião Garcia Gomes, que escapou de atentado, porém perdeu um filho de 14 anos, o qual foi infelizmente atingido.
19. Denota-se com clareza que, em liberdade, os denunciados significarão real inconveniente à instrução criminal, ante a concreta possibilidade de obstaculizarem a reunião das provas, pela intimidação, ameaça e provável execução de testemunhas e vítimas, uma vez que as ações perpetradas pelo grupo são por demais violentas.
Fonte:Retrato do Oeste
Entre as justificativas, consta que Odelmo Rodrigues teria mando pistoleiros matar um político (descobrimos que se tratava de um deputado estadual) do Rio Grande do Norte e o serviço não foi feito, daí ele teria matado os dois pistoleiros em Assu.
Odelmo Rodrigues é investigado na Operação ‘Mal assombro’, da Polícia Civil.
Segue:
“15. De início, vale ressaltar que a liberdade é sempre a regra e a prisão é a exceção a referido direito fundamental, entretanto, pelas provas até aqui colhidas há indícios mais do que suficientes de que os acusados Odelmo de Moura Rodrigues e Aureliano Rodrigues da Silva, irmãos entre si, caso permaneçam em liberdade colocarão em risco a instrução processual pelo modus operandi do grupo. Segundo constam das investigações, e principalmente, dos depoimentos testemunhais prestados até aqui, os denunciados são integrantes da família Rodrigues, baseada na região do Vale do Assu/RN, contra quem pesa a suspeita de comandar um forte e criminoso grupo de executores, responsáveis pelo cometimento de vários crimes de homicídios na região e arredores, envolvendo, inclusive, agentes públicos.
16. Analisando os presentes autos, constata-se que a vítima fatal, Joaquim Gomes, foi sumariamente executado como queima de arquivo, porque também participava do suposto grupo criminoso comandado pelos acusados, porém, em razão de divergências foi expulso do esquema, e posteriormente assassinado, fato este motivo provavelmente por ter conhecimento das várias ações do grupo, havendo relatos, inclusive, que após o fato, eles passaram a ameaçar testemunhas e familiares da vítima.
17. Outro ponto que merece destaque, foi o reconhecimento feito pela vitima Cândido Henrique, no dia 2 de agosto de 2012, o qual mesmo após vários anos do ocorrido, sem sombra de dúvidas, ao comparecer ao Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes reconheceu, dentre as pessoas apresentadas para reconhecimento, a pessoa de Aureliano Rodrigues da Silva como o autor dos disparos que vitimou fatalmente Joaquim Gomes e que atirou também em sua direção, conforme consta do termo de reconhecimento constante às fls. 398-400.
18. Também consta nos autos, que o acusado Odelmo de Moura Rodrigues, supostamente teria contratado dois pistoleiros para matar um político potiguar, os quais, em razão de não cumprirem com o ajustado, foram mortos na cidade de Assu/RN, a teor das informações prestadas por Sebastião Garcia Gomes, que escapou de atentado, porém perdeu um filho de 14 anos, o qual foi infelizmente atingido.
19. Denota-se com clareza que, em liberdade, os denunciados significarão real inconveniente à instrução criminal, ante a concreta possibilidade de obstaculizarem a reunião das provas, pela intimidação, ameaça e provável execução de testemunhas e vítimas, uma vez que as ações perpetradas pelo grupo são por demais violentas.
Fonte:Retrato do Oeste
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