Um mês depois de a Venezuela ser incorporada ao Mercosul, é a vez
de o Equador intensificar as negociações para o ingresso no bloco. Até o
dia 15 de setembro, está prevista a primeira reunião de um grupo de
trabalho que irá analisar os estudos preliminares para a adesão dos
equatorianos. O processo de incorporação passa por várias etapas, desde a
análise de adequação do novo membro ao bloco até a submissão do pedido
ao Parlamento do país.
O primeiro passo foi
dado pelo presidente do Equador, Rafael Correa, em dezembro do ano
passado, em Montevidéu, no Uruguai, durante a Cúpula do Mercosul. Correa
conversou com os presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner
(Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai) e Fernando Lugo (Paraguai), que
ainda estava no governo.
Os negociadores
brasileiros não estimam quanto tempo levará as articulações para a
adesão do Equador ao Mercosul. O processo da Venezuela levou seis anos
porque houve resistências de parlamentares no Paraguai e no Brasil. O
Brasil aprovou a incorporação dos venezuelanos ao grupo, o Paraguai não
chegou a votar por ausência de acordo entre os parlamentares. Atualmente
os paraguaios estão suspensos do bloco.
Em 20
de dezembro de 2011, Dilma, Cristina Kirchner, Mujica e Lugo autorizaram
o início dos trabalhos para a adesão da Venezuela. No anexo ao
Comunicado 38/11, foi publicada a decisão de criar um grupo de trabalho
que irá definir os termos para a incorporação do Equador como membro
pleno do Mercosul.
No mesmo texto, a orientação
é para que os negociadores intitulados Grupo de Trabalho Ad Hoc
observem as necessidades e interesses de todos os países envolvidos e os
regulamentos do bloco. Os negociadores vão se debruçar, sobretudo,
sobre as questões referentes às tarifas e nomenclaturas.
Ao
mesmo tempo, Correa analisa com seu grupo político como poderá
compatibilizar a adesão do Equador ao Mercosul e sua participação na
Comunidade Andina das Nações (CAN), bloco que acabou de assumir a
presidência temporária. Segundo diplomatas, as questões técnicas têm
solução e não devem ser um empecilho.
*Fonte: Agência Brasil
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