sábado, 7 de julho de 2012

MPF quer volta de Cachoeira a Mossoró

Brasília (AE) - O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para que o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, volte para a penitenciária federal de Mossoró (RN). Para o procurador regional da República Carlos Alberto Vilhena, a 3ª Turma do TRF-1 não tinha competência para determinar a transferência de Cachoeira de Mossoró para o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.

A pedido da defesa de Cachoeira, o desembargador do TRF1 Tourinho Neto, concedeu no dia 16 de abril liminar para revogar a transferência do contraventor para Mossoró, um presídio com Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Ele estava preso lá desde o dia 29 de fevereiro, quando foi deflagrada pela Polícia Federal a Operação Monte Carlo.

Para Tourinho, Cachoeira não apresentava alto risco para a sociedade nem havia cometido crime hediondo.

No novo recurso, o procurador disse que a questão sobre a transferência de Cachoeira deveria ter sido apreciada pela Corte Especial do TRF-1, o principal colegiado do tribunal, e não pela 3ª Turma. Vilhena argumenta que só a Corte Especial teria competência para julgar ações que questionam leis. No caso, estavam em jogo as leis que dispõem sobre transferência e inclusão de pessoas em presídios de segurança máxima e a lei que regulamenta o RDD.

PF prende sócio oculto de Cachoeira

Goiânia (AE) - A Policia Federal prendeu, ontem, Adriano Aprígio de Souza, sob acusação de ameaçar, por meio de mensagem via e-mail, a procuradora da República, Léia Batista de Oliveira, que investiga a máfia dos caça-níqueis em Goiás.

No processo, conhecido por Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, os procuradores Léia Batista e Daniel Salgado denunciaram 81 pessoas por crime de sonegação fiscal, peculato, violação de sigilo e formação de quadrilha.

De acordo com a PF, uma das três mensagens ameaçadoras, que foram recebidas pela procuradora, partiu da casa de Adriano em Anápolis, no interior de Goiás.

Adriano de Souza é ex-cunhado de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como chefe da Máfia dos caça-níqueis, e que está preso desde o mês de fevereiro.

O ex-cunhado é apontado como sócio oculto de Cachoeira na farmacêutica Vitapan, com sede em Anápolis. A empresa, de acordo com a denúncia da Polícia, teria sido empregada na lavagem de dinheiro.

O delegado Raul Alexandre, da PF, afirmou que Adriano Aprígio de Souza ficará preso por um prazo de 10 dias, por ameaça e coação à procuradora. Explicou, ainda, que poderá sair antes, a partir de habeas corpus (HC). Ou, ver o prazo de prisão ampliado, a partir dos novos rumos das investigações.

"Rastreamos os e-mails e assim chegamos até o apartamento do Adriano", ressaltou o delegado. "Lá, além de efetuar a prisão também apreendemos um computador". Raul Alexandre afirmou, ainda, que a procuradora vem recebendo proteção policial e foi cercada por outras medidas de segurança.

Fonte:Tribuna do Norte

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