Sem pasto, e quase sem água nos açudes, barreiros e poços, o rebanho
bovino do semiárido está sucumbindo. Em meio à caatinga, os animais
estão caindo e, sem forças para se reerguer, morrem. Nas regiões
Central, Seridó e Oeste vaqueiros e criadores têm um só lamento: "Dá
pena ver os bichos caídos e não poder fazer nada". Para muitos, falta a
condição financeira para bancar o custo da ração concentrada. Terminam
disputando o gado com urubus, que rondam fazendas e cercados.
Em todo Estado, a população rural que sofre com a falta de chuvas já chega a 500 mil pessoas, o que representa cerca de 120 mil famílias. O baque na pecuária pode já começar a ser contabilizado pelos municípios. Segundo cálculos das prefeituras, cerca de 500 animais já morreram em fazendas e sítios nos municípios de Lajes (330); São Tomé (100) e São José do Seridó (100). Em sete dias, 'pelos caminhos da seca', a equipe da TRIBUNA DO NORTE localizou em quatro municípios - Santana do Matos, São Tomé, São José do Seridó e Lajes, quase oitenta carcaças estorricadas pelo sol do sertão, em margens de estradas e em fazendas.
Em todo Estado, a população rural que sofre com a falta de chuvas já chega a 500 mil pessoas, o que representa cerca de 120 mil famílias. O baque na pecuária pode já começar a ser contabilizado pelos municípios. Segundo cálculos das prefeituras, cerca de 500 animais já morreram em fazendas e sítios nos municípios de Lajes (330); São Tomé (100) e São José do Seridó (100). Em sete dias, 'pelos caminhos da seca', a equipe da TRIBUNA DO NORTE localizou em quatro municípios - Santana do Matos, São Tomé, São José do Seridó e Lajes, quase oitenta carcaças estorricadas pelo sol do sertão, em margens de estradas e em fazendas.
O agravamento da estiagem, no meses de abril e maio, deve produzir um
resultado devastador no meio rural. A estimativa da Federação da
Agricultura do Rio Grande do Norte (Faern) e da Secretaria Estadual de
Agricultura do Rio Grande do Norte é de que 50% do rebanho seja
dizimado. Dados da Secretaria Estadual de Agricultura apontam para uma
queda no Produto Interno Bruto entre R$ 2,5 a R$ 3,5 bilhões. Hoje, 70%
da população rural do Estado já foi atingida pela seca.
Em dois dos onze municípios, do Agreste ao Oeste, o percurso nos levou a
dois 'cemitérios' de animais - um na zona rural de São Tomé, na Fazenda
Pedra do Navio, e outro em São José do Seridó, no distrito Caatinga
Grande. Nos dois, o cenário é desolador. A sequidão toma conta de tudo. O
cinza predomina por essas paragens. Na fazenda Pedra do Navio, a TN
contou 37 carcaças espalhadas, em vários trechos de um terreno árido,
dominado por cactus, vegetação típica do sertão nordestino.
Fonte:tribuna do norte
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