Desde o início do mês, professores e servidores da Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte (UERN) paralisaram as atividades. Frente à
greve, o Governo do Estado entrou com uma ação na Justiça pedindo a
ilegalidade da paralisação. Na manhã desta segunda-feira (28), contudo,
foi negado o pedido de liminar que determinava a ilegitimidade da
manifestação.
Em contrapartida, foi estabelecido pelo Tribunal de Justiça à realização
de uma audiência de conciliação entre o Governo e os representantes dos
docentes hoje, em Natal. Além do pedido de ilegalidade da greve, o
Governo também pleiteou a suspensão do pagamento daqueles que não estão
trabalhando. A medida foi justificada pelas autoridades como uma forma
de se evitar o prolongamento da greve.
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Uern (Aduern),
Flaubert Torquato, a medida tomada pelo governo foi improcedente, uma
vez que a própria Constituição Federal prevê o direto á greve. Ele disse
ainda, caso seja aprovado o pedido do governo em decretar a suspensão
dos salários e a ilegalidade na greve, os docentes e servidores serão
obrigados a mover ação contra o Governo.
“Não se pode reter o salário dos professores sem uma determinação legal
para isso, pois caso isso fosse feito seria crime. Além disso, somente o
reitor pode realizar cortes nos salários dos professores, ferindo assim
o princípio da autonomia da instituição”, afirmou.
O Mossoroense.
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