quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Militares mortos são homenageados

Os corpos dos dois militares mortos no incêndio que atingiu a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) chegaram à Base Aérea do Galeão, no Rio, às 8h55m desta terça-feira, trazidos num avião da Força Aérea Brasileira (FAB) C-130 Hércules. O primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos, de 45 anos, e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo, de 47 anos, foram promovidos na noite de segunda-feira a segundo-tenentes.
Os caixões com os corpos dos militares deixaram a aeronave cobertos com a bandeira do Brasil e foram carregados por homens da Marinha. Santos e Figueiredo foram considerados pelo Ministério da Defesa heróis nacionais e foram homenageados na base aérea, com a presença de familiares, e receberam a Ordem do Mérito da Defesa, no grau de comendadores.
Participaram da cerimônia o vice-presidente Michel Temer, os ministros Marco Antônio Raupp (Ciência e Tecnologia) e Celso Amorim (Defesa), além dos comandantes das três forças militares: almirante de esquadra Julio Soares de Moura Neto (Marinha), do general de Exército Enzo Peri (Exército), e tenente brigadeiro do ar Junite Saito (Aeronáutica).
Os corpos seguem agora para o Instituto Médico Legal, na Leopoldina. Conforme a assessoria de imprensa do 1º Distrito Naval, o primeiro sargento deve ser enterrado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. Já o suboficial será levado para Vitória da Conquista, na Bahia. Os horários e os dias dos sepultamento ainda não foram definidos.
O capitão Fernando Coimbra, chefe da estação brasileira na Antártica, falou pela primeira vez sobre a tragédia ao “Bom Dia Brasil”, ainda no continente do pólo sul, antes do embarque dos corpos.
- Mais do que perda material, mais do que a perda da nossa casa durante um ano, é a perda dos nossos amigos. Então, é nosso momento mais doloroso - lamentou ele.
Figueiredo tinha planos de se aposentar este ano, depois de 30 anos de atuação na Marinha. A partir do dia 27 de março, data prevista para sua volta ao Brasil, Carlos e família deixariam a cidade de Vitória da Conquista, no interior da Bahia, e passariam a morar em Aracaju, Sergipe.
Lopes também pensava em se aposentar. Era a terceira e última missão do sargento na Antártica. Antes, esteve por lá em 2001 e 2007. Sua volta para o Brasil estava prevista para novembro e iria ele pararia de trabalhar no início do ano que vem.

Fonte:jornal de fato

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