terça-feira, 8 de novembro de 2011

Saúde do RN não tem orçamento para combate as drogas

A segunda pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que em 90,9% dos municípios do Rio Grande do  Norte ocorrem consumo de drogas. O percentual cai para 88,43% quando se faz referência à circulação de drogas, segundo o relatório divulgado em Brasília, ontem à tarde, pelo presidente da instituição, o gaúcho Paulo Ziulkoski.
Em contrapartida, o relatório "Observatório do  crack" mostra que o País, assim como os estados e municípios ainda estão rastejando, quando se trata da implementação de políticas públicas e execução de ações de combate à droga.
De acordo com o relatório, no Rio Grande do Norte foram pesquisados 121 dos 167 municípios, dos quais,  mais de 88,33% responderam que não possuem Conselho Municipal Antidrogas (Comad), assim como, a grande maioria não respondeu se tem uma das três modalidades de  Centros de Referências de Assistência Social (Creas), ou ainda Centros de Atenç ão Psicossocial (Caps) e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), bem como 93 municípios não responderam se possuem Conselhos Tutelares.
Na pesquisa, a CNM ainda apontou que, a exemplo de outros estados, o Rio Grande do Norte não tem orçamento próprio para atendimento à pessoas usuárias de drogas e nem para desenvolvimento da política antidroga.
O secretário estadual de Saúde Pública, Domício Arruda, admite que, realmente, a Lei Orçamentária Anual (LOA) não disponibiliza recursos estaduais para o combate às drogas: "A gente usa recursos do governo federal".
Arruda informou por telefone, no começo da noite de ontem, que "não tinha de cabeça quantos existem hoje", mas confirmou o programa de saúde mental no Estado é executado através dos Caps, inclusive já tendo alguns, como em Umarizal e outro que está pronto para ser aberto em Macau: "Vamos inaugurar uns três ou quatro este ano".
Ele ainda disse que dos recursos orçamentários da Sesap, pelo menos 85% é usado para para pagamento de pessoal e 5% do orçamento vai para a manutenção da rede de saúde pública.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirmou que a primeira pesquisa para mensurar o impacto do crack será concluída no próximo fim de semana, mas antecipou que "os resultados são alarmantes. Entre os problemas gerados pela droga estão o impacto na economia e o crescimento da violência motivada pelo crack tanto nas áreas urbanas como no campo".
Fonte:jean carlos

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