Essa semana lendo o livro "origens" do escritor messiense Edimar Teixeira Diniz,mim deparei com uma belissima canção, que foi composta nos primórdios do município, essa canção fala de um acidente que ocorreu em frente a escola municipal professor Júlio benedito e foi composta por Francisco Américo. veja a música abaixo.
Minerva,deusa da arte,
A deusa da inteligência,
vai lá na casa de vênus
E mi envie com urgência
Um pensamento exato,
para que eu rime um fato
Que me dói na consciência.
Foi a oito de novembro
Um jipe veloz corria
Na estrada da tristeza
João Batista também ia,
Murchou as flores da sorte
E a voluntária morte
foi em sua companhia.
Foi um dia de domingo,
já quase de tardizinha,
segundo o que mim disseram
No jipe ia Teresinha,
Ao lado do motorista
o seu irmão João Batista
E a sua amante Izinha.
Quando saíram de Junco
Da referida cidade,
o ponteiro do veículo
marcava a velocidade,
Quando uma curva enrolou,
Aí o jipe virou,
Foi grande a barbaridade.
Bem perto do novo grupo,
De frente ao posto fiscal
fechou-se a porta da vida
e abriu-se a porta do mal,
Aí o jipe virou
E a morte procurou
João Batista, o mortal.
O jipe virou três vezes.
Ficou em ponto de partida.
Teresinha agoniada
Nesta hora dolorida
Seguiu em busca a cidade
Gritando:por caridade,
Acudam quem está sem vida.
Seu Valter era o motorista,
Dono do mesmo transporte
Trabalhando na política,
Do Rio Grande do Norte,
Foi suspender o ferido
Que estava no chão caído,
Mostrandoos traços da morte.
Henrrique Eduardo Alves
Falava com esplendor,
para o povo da cidade,
com paz,ternura e amor,
Na grande luta que vinha
Mas somente Teresinha
Sentia tristeza e dor.
Fialmente foram muitos ,
Homens,mulheres e meninos,
Antônio Augusto Filho
E Francisco Marcelino;
Seguiram ligeiramente
Então levaram o doente
pra o médico Dr Edino.
parece que os índios bravos
La das matas do Peru,
Fizeram festa de guerra
Arrebentando babus,
O tempo aglomerou-se,
Foi quando João liquidou-se
Na estação de Patu.
Muito antes de chegarem
Na casa compadecida,
Onde os médicos trabalhavam
colhendo os frutos da vida,
João em mesnos de um segundo
fechou os olhos ao mundo,
E deu a ultima despedida.
Dona Francisca sabendo
Que seu filho morreu,
ficou muito agoniada
pelo que aconteceu.
Compadecida chorava
suas lágrimas pranteavam
A morte do filho seu,
Conhecida por Isinha
Era sua namorada.
finalmente quase noiva,
Também foi acidentada.
Ainda se lembra dele
Mas, de casar com ele,
Foi pela sorte privada.
Seu rosto pálido e belo
Não tem beleza nem cor,
Somente a negra tristeza
O seu coração cravou.
As lindas flores beijava
coração que tanto amava
Já hoje não sente a dor.
Está coberta de luto
Aquela que tanto amou.
Trocaram brandas palavras
Que já só deus escutou.
Ainda está abatida,
Que anjo de sua vida
o anjo de Deus levou.
É triste, é triste
Seu moço.
É triste a lamentação.
É triste cantar,mas eu canto.
É de doer coração.
Quem é fraco não resiste.
É triste,é triste,bem trste
por morte a separação.
Terminei esta canção
E uma realidade.
Foi passada no Junco,
Nesta pequena cidade.
João findou os dias seus
E agora está com Deus
La na santa eternidade.
Francisco Américo.
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