LONDRES - Doses de aspirina podem reduzir o risco de vários tipos de câncer. A constatação é de um estudo com 25.570 pacientes divulgado nesta terça-feira, que sugere que pessoas acima de 40 anos tomem diariamente uma pílula como proteção.
As descobertas alimentam o intenso debate sobre os méritos da aspirina, que aumenta o risco de sangramento no estômago em um paciente em cada mil por ano. No estudo, os pesquisadores descobriram que as mortes por câncer entre os pacientes que tomavam doses de 75mg por dia foram 21% mais baixas durante a pesquisa e 34% mais baixas depois de cinco anos.
A maioria das pessoas ficou protegida contra o câncer gastrointestinal: os índices de morte por câncer foram 54% mais baixos depois de cinco anos entre os que tomavam aspirina comparados com os que não tomavam.
Para o pesquisador Peter Rothwell, da Universidade de Oxford, o pequeno risco de sangramento estomacal para quem toma aspirina se torna pequeno diante dos benefícios do remédio na redução dos riscos de câncer e ataques cardíacos. A sugestão do pesquisador é que pessoas saudáveis comecem a tomar 75mg de aspirina diariamente a partir dos 40 ou 45 anos e continue até os 70, 75 anos quando os riscos de sangramento estomacal aumentam.
No estudo, os pesquisadores descobriram que, em 20 anos, os riscos de morte foram reduzidos em 10% para câncer de próstata, 30% para câncer de pulmão, 40% para câncer de próstata ou intestinal e 60% para câncer de esôfago. A redução no pâncreas, estômago e cérebro não foram conclusivas por causa do pequeno número de mortes.
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