O governador do Rio Grande do Norte, Iberê Ferreira de Souza, PSB, concedeu entrevista hoje pela manhã ao Programa Panorama Político da Rádio Caicó AM. Iberê disse que a senadora e governadora eleita Rosalba Ciarlini, DEM, receberá um Estado organizado, mas com dificuldades financeiras. Eis os principais trechos da entrevista:
Ela deverá receber um Estado organizado?
Ela recebe um Estado organizado, mas como a maioria dos Estados e municípios, com dificuldades financeiras. Estamos em uma crise que vem se arrastando desde 2008 até 2010. Nós estamos recebendo o FPE igual as nossas cotas de 2008, veja que de lá pra cá tivemos inflação, aumento do custo de vida, de gasolina, de gás, de energia, de salário mínimo e estamos recebendo a mesma cota. Assim mesmo, este ano nós estamos recebendo até setembro, menos 150 milhões de reais do FPE. É uma situação que não é confortável, é de aperto, mas o RN é um Estado viável e eu confio que reverteremos essa situação.
Já deu pra pensar onde e quem errou ou fez com que você perdesse a eleição?
Eu começo dizendo o seguinte: a vitória tem muitos pais e a derrota sempre é órfã. Mas eu quero assumir a minha derrota. Eu assumo. Não foi ninguém. Eu acho que foram cometidos alguns erros, sou responsável por tudo e não me arrependo.
Quais erros, por exemplo?
Tivemos pouco tempo de campanha. Enfrentei uma doença, que não possível chegar a visitar todos os municípios, deixamos de visitar cerca de 50 municípios. Por outro lado, as coligações que o nosso grupo fez não nos ajudaram, pelo contrário, criou algumas dificuldades no decorrer da campanha. Mas tudo isso passou, eu só tenho a agradecer a todos os companheiros que foram pra luta. Sou um homem feliz, terminei a campanha e você entra pra ganhar ou pra perder, não tem empate na atividade política. Estou pronto pra dentro do que for possível, ajudar dentro das minhas limitações, ao Estado. Faria tudo outra vez.
Essa atitude de assumir a culpa pela sua derrota seria uma forma de preservar a ex-governadora Wilma de Faria, a quem alguns creditam, de fato, essa responsabilidade, principalmente por ter lhe transferido um governo com muitas dificuldades?
Não. Eu assumo mesmo, eu raciocinei desde o inicio. Nunca gostei de querer utilizar outras pessoas pelo nosso insucesso. Eu acho que a gente que assumir tanto a vitória como a derrota. Eu faço isso com toda tranqüilidade, não somente para poupar A ou B.
A entrevista foi concedida ao radialista Marcos Dantas.
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