Em setembro, o Município havia concluído o preenchimento do Formulário de Informação de Desastre (FIDE), no qual apresentou a situação de emergência por conta da estiagem prolongada que provoca redução das reservas hídricas, trazendo efeitos tanto para a população da zona rural como da zona urbana.
Em Mossoró, os efeitos da falta de chuvas atingem diretamente mais de 133 localidades da zona rural e de projetos de assentamento. Os números foram levantados pela Coordenação da Defesa Civil e mostra que o impacto da escassez de água atinge cerca de 26 mil pessoas. Para enfrentar essa situação, o Município tem realizado o abastecimento regular das localidades e assentamentos rurais, mas solicitou a manutenção dos recursos federais para o atendimento de cerca de 4 mil famílias. “Com esse reconhecimento do Governo Federal, da situação de emergência devido à estiagem, teremos recursos garantidos para a manutenção dos serviços a essas localidades”, pontuou o coordenador da Defesa Civil em Mossoró, sargento Osnildo Morais.
Mesmo com o aumento do volume de chuvas em 2018, o lençol freático não conseguiu se recuperar, o que continua afetando a vazão dos poços que abastecem a zona rural de Mossoró. “Tivemos um ano com boas precipitações, mas precisamos de anos sucessivos com invernos acima da média, para recuperação total dos reservatórios de águas, plantios e reposições de rebanhos. Por isso, é necessário continuar realizando serviços, como, por exemplo, a operação carro-pipa”, avaliou Osnildo.
Poços são recuperados e garantem abastecimento
A Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria de Agricultura e Recursos Hídricos, vem realizando melhorias no que diz respeito ao abastecimento de água nas localidades rurais. Nesta semana, os trabalhos estão sendo realizados com ênfase na localidade do Jucuri e assentamentos vizinhos.
O secretário de Agricultura, Jean Carlos Vieira, explica que o poço localizado na localidade de Jucuri também abastece os assentamentos Vingt Rosado, Barreira Vermelha, Santa Rita de Cássia, Guarujá, São José I e II, São Cristóvão e Cabelo de Nego. “O poço do Jucuri tem a capacidade de 60 m³/h, e o que vamos fazer é verificar o caminho da água para todas essas localidades, no sentido de que ela seja distribuída para cada uma de acordo com o número de famílias.”
Para realizar esse levantamento, a equipe da Secretaria tem se reunido com os líderes comunitários de cada comunidade e assentamento. “Estamos verificando desde um vazamento, registros de passagem, até os horários que as bombas são ligadas em cada localidade, para detectar possíveis falhas no abastecimento, até termos o controle absoluto da água e que ela esteja chegando a todas as residências em todas as localidades do Complexo Jucuri”, concluiu Jean Carlos Vieira.
Além do complexo Jucuri, outras localidades também estão recebendo trabalhos de melhoria no mesmo sentido, como os assentamentos Pomar e Jurema, que já estão com novas bombas, entre outras.
Fonte:De Fato
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