terça-feira, 16 de agosto de 2016

Medalha de ouro de Thiago Braz tem um “pedacinho de Natal-RN” em sua história

Preparação final do atleta para os jogos olímpicos foi na Cidade do Sol, mais precisamente na estrutura do CAMPUS DA UFRN. Foram 12 dias treinando em terras potiguares.

A prova
Apenas o brasileiro e Renaud Lavillenie descartaram a marca 5,50m. O francês ainda foi além, abriu sua participação somente a 5,75m – passando sem sustos. Thiago iniciou a 5,65m e deu um salto para o alívio ao passar de primeira. A partir daí, viu o atual campeão mundial Shawnacy Barber, do Canadá, errar suas três tentativas na marca e dar adeus. Aliás, viu que a partir dali só restavam mais seis competidores.
Ao tentar passar pelo sarrafo a 5,75m, derrubou na primeira tentativa. Fosse aquele Thiago que sucumbia diante da adversidade, talvez teria chegado o fim. Mas a nova versão do brasileiro tentou o segundo salto pouco depois e, desta vez, passou.
A 5,85m, mais um show de facilidade para Lavillenie, que esbanjava confiança. Também restavam na disputa o polonês Lisek Piotor, o americano Sam Kendricks e o tcheco Kudlica Jan. Foi então que Thiago, enterrando de vez os medos das grandes competições passadas, subiu 5,85m logo de primeira e levantou a torcida.
O francês respondeu passando de cara por 5,93m. Muito incentivado pelo público, Thiago veio na sequência, mas derrubou o sarrafo. Andava de um lado para o outro enquanto esperava sua próxima chance. A pressão finalmente parecia alimentar Thiago de forma positiva. Na segunda chance, o seu primeiro voo para sempre, igualando a melhor marca de sua carreira. Para melhorar, viu Kendricks, Kudlica e Piotor darem adeus. A prata estava garantida.
Lavillenie sentiu então pela primeira vez a animosidade da torcida. Foi muito vaiado, mas ignorou a pressão. Passou pelo sarrafo a 5,98m, sem sustos, e quebrou o recorde olímpico. Para ter chance de ouro, Thiago decidiu pular essa altura. Tentar saltar a 6,03m, o que representaria romper pela primeira vez a mítica barreira dos seis metros na carreira.
Lavillenie foi o primeiro a arriscar-se na altura. Errou a tentativa. Mas Thiago não teve potência para alcançar o sarrafo. Na segunda chance, o francês falhou. E se irritou. Parecia estar prevendo uma derrota amarga. Thiago não desperdiçou a brecha. Foi incrível. Impecável. Passou limpo a 6,03m e levantou o Engenhão. A torcida já comemorava. Vaiou Lavillenie, que reclamou fazendo sinal de negativo. Não adiantou de nada. Errou mais uma vez e teve que engolir. Thiago, a quem ele se referia como inconstante e suscetível à pressão nos grandes eventos, cresceu no maior dos palcos. O título era brasileiro.Medalha de ouro de Thiago Braz tem um “pedacinho de Natal-RN” em sua história
Fonte:O Natalense

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