segunda-feira, 18 de julho de 2016

Em entrevista ao Estadão, Agripino fala de processo, novo presidente da Câmara, impeachment, Temer, e mais; confira.

A eleição de Rodrigo Maia à presidência da Câmara traz o DEM de volta ao cargo que ocupou há 19 anos e à vice-presidência da República, que comandou nas gestões FHC. Mas há outra data no calendário. Há seis anos, Lula declarou que a sigla deveria ser “extirpada.” Presidente do DEM, José Agripino, diz que, ao escolher a sigla como inimiga, o PT a ajudou e garante que não devolve a praga. “Eu jamais cometeria o pecado da arrogância. Eles cometeram.” Sobre a eleição presidencial de 2018, diz que Aécio é estrategista, mas é cedo para prognóstico.
Presidência da Câmara
O Democratas passa a exercer protagonismo na formulação das políticas de governo. Esse é um dado novo. Agora será protagonismo em defesa da solução da crise do País. Daquilo que o presidente Temer procura.
Acordo com PSDB
Não ouve esse acordo, não. O que há é uma intenção de em 2017 o DEM apoiar um nome do PSDB para comandar a Câmara. Se você me perguntar: a intenção é justificável? Eu acho que é. A estratégia do PSDB foi correta. Agora, é preciso que construa a candidatura com acertos daqui até 2017.
Lula
Lula nos elegeu como inimigos. Disse que o DEM deveria ser extirpado. O efeito foi contrário. Quanto mais o PT cai, mais crescemos porque somos um contraponto a eles. O prefeito de Salvador, ACM Neto, é hoje o mais bem avaliado. O PT está em franco declínio.
PT
Não desejo que o PT seja extirpado. Ao contrário. Na democracia é fundamental a oposição. Eu jamais cometeria o pecado da arrogância. Eles cometeram.
Crescimento
Esses contrapontos no plano político e no plano administrativo, com a presença de Rodrigo Maia na presidência da Câmara, vão deixar o partido em evidência. Isso, por consequência, pode atrair mais adeptos. Que o processo de crescimento está em curso, está. Ele vai desaguar em quê? É cedo para fazer prognóstico.
Desafio
O Rodrigo terá que mostrar que é capaz de agregar, de ser o presidente de todos na Câmara dos Deputados e conseguir fazer aquilo que o País precisa, que é a aprovação das medidas para que o País saia da crise. Essa é a tarefa que se impõe. E, na eleição, ele se mostrou capaz de unir forças.
Aliança em 2018
Ainda é cedo para pensar. A prioridade agora é a aprovação das medidas para o País sair da crise. Conseguindo essa tarefa, o DEM terá exercido um protagonismo importante na saída da maior crise da história recente do Brasil.
Apoio a Aécio Neves
O comportamento do PSDB na disputa pela presidência da Câmara, somando, visando 2017 e 2018, mostra que Aécio é um estrategista de muito boa qualidade. Agora, o País vai atravessar muitas turbulências daqui até 2018. É cedo para um prognóstico de como estará a liderança A, B ou C daqui a dois anos.
Impeachment
É uma questão de tempo. O crime de responsabilidade é a peça jurídica que é exigida para que o processo exista, mas a necessidade de troca de comando, de exaustão do modelo do PT é que levou a tantos votos para o andamento do processo.
Governo Dilma
Era um governo que, ao final, já não havia mais pessoas que se dispusessem a ocupar as funções. Isso mostra a falência de um governo que existia de fato, mas não de verdade. Quem vai querer se aproximar de um governo falido?
Governo Temer
Com os resultados que ele tem conseguido no Congresso, com as sinalizações da equipe econômica, o Brasil volta a criar expectativas favoráveis.
Desvio de dinheiro
Existe um processo que não tem nada a ver com Lava Jato. Tenho absoluta tranquilidade com relação à verdade que está comigo nesse caso. Quero que as investigações ocorram com celeridade para que elas se encerrem o mais rápido possível com a comprovação da minha inocência.
Entrevista a Andreza Matais, Estadão

Via blog do BG

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