quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Mulheres vivem mais que os homens no Rio Grande do Norte

“Redução na taxa de mortalidade infantil, rendimento médio dos domicílios e avanços nos serviços de saúde podem ser considerados fatores que desencadearam o aumento na expectativa de vida da população potiguar”. A afirmativa é do supervisor de disseminação de informações da unidade estadual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Ivanilton Passos.
Segundo o levantamento divulgado ontem pelo IBGE nacional, o Rio Grande do Norte apresentou um leve crescimento na expectativa de vida da população, passando ao percentual de 75,2 em 2014, igualando à média nacional. Em 2013 a perspectiva era de 75 anos cravados, enquanto que no ano anterior foi de 74,6. A média deixa o estado em 
primeiro lugar na Região Nordeste.
Ainda no detalhamento do balanço, os homens aparecem com a expectativa de 71,2 anos, ou seja, dois meses a mais que em 2013, enquanto que as mulheres apresentam um crescimento de três meses em relação ao ano anterior, chegando a 79,3 anos. A diferença entre as duas expectativas é de oito anos, mostrando que as mulheres potiguares tiveram uma evolução superior em relação aos homens.
“O que torna essa diferença é a taxa de sobremortalidade masculina, seja por acidentes, mortes violentas ou homicídios. As mulheres falecem mais por causas naturais e, mesmo assim, é menos que os homens, uma vez que se cuidam mais e têm mais precauções. Enfim, elas correm menos riscos em termos gerais”, ressalta o supervisor do IBGE estadual.
As mortes de jovens também entraram na pesquisa, que apontou os índices sobre mortalidade masculina no grupo de 20 a 24 anos em 2014. O estudo mostra que as chances de um homem com essa faixa etária não atingir  25 anos é 4,9 vezes maior do que uma jovem no estado. Os números deixam o RN em  6º lugar no Nordeste e em 9º no Brasil. Alagoas aparece no topo do ranking nacional, com 7,8.
Considerado um importante indicador da condição socioeconômica de uma região, a taxa de mortalidade das crianças menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos, também foram apresentados. O estado apareceu com 16,1 óbitos de crianças menores, ficando em 7º no ranking nacional. O número é o mesmo que em 2013.
Segundo estima o IBGE, a expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF), atenção às diarreias, estímulo ao aleitamento materno, ações de planejamento reprodutivo, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, vacinação, vigilância nutricional e, mais recentemente, o programa Bolsa Família, influenciaram diretamente no resultado desses indicadores.
Para Ivanilton Passos,  os números em termos gerais são considerados bons. “O estado já vem apresentando uma crescente nos últimos anos. A sobremortalidade masculina é muito negativa, mas em um contexto geral, puxado principalmente pelas mulheres, temos uma perspectiva de vida bastante satisfatória”, completa.
Fonte:Novo Jornal 

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