terça-feira, 22 de setembro de 2015

Vantagens compensam custo maior

Embora os custos para instalação de um hub da TAM Linhas Aéreas sejam maior no Rio Grande do Norte, conforme apontou relatório da consultoria Oxford Economics, o gasto não deve tirar o Estado da disputa. Pelo contrário: de acordo com especialistas do setor de logística e transportes ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE, as mudanças no Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, são "pontuais" e envolvem a ampliação de capacidade já instalada no terminal. Um dos pontos, segundo apurado pela reportagem, seria a ampliação da área de alfândega do embarque e do parque de aeronaves.
A reportagem teve acesso a dados apresentados pela TAM ao Governo do Estado na primeira reunião sobre o hub, em maio, que dão um indício das adequações necessárias. Na apresentação, a companhia apresenta a necessidade de adequações em três aspectos: a ampliação da sala de embarque, das posições de aeronaves e da estrutura na área de alfândega do aeroporto de São Gonçalo do Amarante. 

Por exemplo, com a ampliação o terminal passaria a ter 42 posições de aeronaves –  22 a mais que a capacidade atual. As adequações contemplariam fases de crescimento do hub da Latam: uma de 2024 e outra em 2038. Na segunda etapa, a companhia contaria com um terminal exclusivo, em formato de “H” e a capacidade de construção de uma nova pista.

Na apresentação, porém, a companhia não especificou o tamanho da área a ser ampliada. No relatório "Latam: estimulando o novo valor econômico" apresentado pela consultoria Oxford Economics, na última quinta-feira (17), a TAM também aponta que o custo de construção e instalação do hub no RN no primeiro ano de operações seria de U$$ 138 milhões (R$ 524,2 milhões). O relatório também não detalha as adequações. A consultoria Arup, também contratada pela TAM, analisa a infraestrutura dos aeroportos, mas o resultado não tem data para ser divulgado.

Os estados que concorrem pelo investimento teriam custo menor: No Ceará, o custo de instalação seria de R$ 471,2 milhões, e em Pernambuco de R$ 338,2 milhões. Após a reunião da última quinta, a TAM pediu prazo de oito semanas para apresentar uma planilha orçamentária, onde devem detalhar os investimentos, a previsão de receita, despesas e lucro em cada possível sede.

Adequações
Para o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e especialista em logística Carlos Alberto Medeiros, as adequações do aeroporto potiguar existem, mas em menor escala do que estados vizinhos. "O nosso terminal é quase totalmente aprovado, o que precisa é expandir um padrão que já tem", aponta. As adequações seriam custeadas pelo Consórcio Inframérica, que administra o aeroporto potiguar.

Na visão do especialista, embora o relatório da Oxford Economics tivesse foco no impacto financeiro do hub nas cidades, os dados sobre gastos com adequações estruturais seria uma projeção da própria TAM. “O Rio Grande do Norte precisa de algumas adequações, enquanto Recife precisa de um novo terminal”, apontou. Já Fortaleza, segundo ele, precisaria de adequações semelhantes às do RN, mas em maior escala.

“O fato de nosso terminal ser o mais caro, não implica que não seremos os escolhidos. O nosso terminal é o mais arrojado entre os três; é mais sofisticado que os demais. O fato de ele ter mais tecnologia pode resultar em adequações mais caras”, analisa Medeiros, citando a fachada de vidro e terminal de passageiros e a necessidade de pistas rolantes dentro do terminal como itens encarecedores do projeto.

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iFonte:Tribuna do Norte
FFfo

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