segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Visão da única imprensa que acompanhou de perto a rebelião do Presídio Provisório de Caraúbas

O Icém Caraúbas chegou no Presídio por volta das 12 horas deste domingo, dia 16 de agosto de 2015, quando os presos já haviam quebrado aproximadamente 20 cadeados e 2 portões dos pavilhão “A” e 3 do Pavilhão “B”.
No portão de acesso aos dois pavilhões estavam cheio de grades que foram arrancadas das celas e colchões, no chão muita tinta derramada e todos os presos encapuzados. O repórter do Icém Caraúbas foi chamado pelos detentos para colocar algumas exigências. Quando chegou no portão de acesso, um que estava com uma camisa branca no rosto e parecia está no comando da situação, disse que só falava se os PMs baixassem os celulares e só o Icém Caraúbas ficasse filmando ou fotografando.
Neste momento perguntamos se havia alguém morto - Os presos nos informaram que tinha quatro mortos. Perguntamos a eles quais seriam o motivos das mortes – Eles falaram para o Icém Caraúbas que o motivo, foi o pedido de um detento para sair do setor de triagem, identificado como Raí Bezerra de Menezes, de 20 anos, pertencente ao Primeiro Comando da Capital (PCC) onde estava quatro detentos comandado pelo Sindicato do RN. Na cela dos presos do Sindicato do RN, Raí Pereira foi agredido. Sabendo disso (ouviram os gritos), os demais integrantes do PCC, que são maioria no presídio, quebraram os cadeados, atearam fogo em colchões, e mataram os 4 membros do Sindicato do RN.

Voltamos a perguntar se tinha alguém ferido – Eles avisaram que sim! Perguntamos quantos estão feridos? – Um deles saíram para ver e nos informaram que 4 estavam ferido do Sindicato do RN e Raí Bezerra, pelo lado do PCC.

Depois do primeiro contato com os presos, as informações chegaram a outros membros da imprensa de Mossoró e região através de WhatsApp, bem uma grande parte da população.
Neste momento só se encontrava no Presidio Provisório de Caraúbas, o GTO de Apodi, a Polícia Militar de Caraúbas, Diretora e Vice da Unidade e Agentes Penitenciários. Em seguida chegou o delegado Erick Gomes e sua equipe, bem como, o GTO de Assú, Mossoró, Patu e Pau dos Ferros.
A Diretora Ivna Benevides, que fez um excelente trabalho, soube conduzir a situação com inteligência e calma, juntamente com o vice-diretor, Andre. Os presos pediram a ela para não serem agredidos pela polícia que eles iam todos para o pátio do presídio. Toda a polícia ficaram aguardando, os presos limparam o chão que estava cheia de tintas e retiraram as grades que obstruía a passagem, a polícia entro juntamente com o advogado e o repórter do Icém Caraúbas, uma exigência dos presos.
A grande imprensa, “Como alguns dizem” chegaram e ficaram do lado externo, (Lado de Fora) da Cadeia Pública. Também chegou Gilvan Lira, dos Direitos Humanos da cidade de Mossoró, junto com ele, o jornalista Cezar Alves, do Jornal Mossoró Hoje e foram até o pátio onde estava todos os presos sentados.

Antes os 4 feridos foram levado para o Hospital Regional Dr. Aguinaldo Pereira da Silva. A imprensa de Mossoró considerada por um jornalista de Caraúbas como a grande imprensa, só entrou, quando a situação estava controlada e quando o Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP), de Mossoró chegou para a remoção dos corpos.

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Fonte:Icém Caraúbas

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