quarta-feira, 24 de junho de 2015

Greve dos servidores da Uern segue sem previsão de término

O Ministério Público sugeriu que Estado recorresse a uma espécie de auxílio, que entra como custeio, que é verba indenizatória.
A greve da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) segue sem previsão de término, mas as reivindicações dos segmentos da Universidade vêm sendo debatidas. Desde a segunda-feira passada foram realizadas reuniões com representantes dos professores, técnicos e Estado. A primeira reunião foi com a senadora Fátima Bezerra, que prometeu em intermediar um diálogo com o Governo e fazer o possível para que a greve se encerre o mais rápido possível. Fátima deu a sugestão de ser realizado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), onde o Governo se comprometeria em reduzir gastos e dar o reajuste solicitado.
No entanto, em reunião realizada ontem com a presença do Ministério Público (MP), esta possibilidade foi por água abaixo. O TAC não seria possível porque o Governo está acima do limite prudencial e não pode dar nenhum tipo de reajuste. O MP então deu outras sugestões. A primeira seria dar o reajuste geral para todo o funcionalismo do Estado. A segunda alternativa seria dar em forma de auxílio, que entra como custeio, que é verba indenizatória, como, por exemplo, auxílio alimentação. Porém, para Petrônio Andrade, técnico e representante do comando de greve, esse auxílio teria um lado positivo e um lado negativo. “Seria um auxílio de acordo com o grau de funcionário. Só que essa proposta tem vantagem e desvantagem. Uma vantagem seria que não desconta nenhum tipo de imposto, seria integral. A desvantagem é que não é levada em conta a titulação e aposentadoria. Quem já está aposentado não iria receber. O Governo disse que isso seria uma solução provisória e que depois poderia incluir no salário”, informa.
O Governo do Estado ficou então de se reunir com o reitor da Uern, Pedro Fernandes, e encaminhar uma proposta. No entanto, Petrônio já antecipa que a proposta sugerida pelo MP não agradou a quem participou da reunião. “Eles devem se reunir amanhã [hoje] e devem encaminhar uma proposta até o fim da semana aos sindicatos. Chegando a proposta os sindicatos irão convocar assembleias e vai levar para categoria. Agora basicamente todas as pessoas que estavam na reunião consideraram que se vier nesses termos a proposta é muito ruim, porque, além de deixar de fora os servidores inativos, até os ativos teriam prejuízo, como gratificação por titulação”, disse.
Petrônio considera, no entanto, que as negociações estão avançando.
“A gente considera que as negociações estão avançando porque em três reuniões anteriores com o Governo não era apresentado nada. Nessa, chegou a se pensar em uma possibilidade. Para nós a sugestão do MP é ruim, mas pelo menos se o Governo mandar uma contraproposta vai ser analisada e se não concordamos vamos formular uma outra proposta. De certa forma é um avanço. Resta saber se a proposta vai ser boa ou não”, finalizou.
Fonte:Gaeta do Oeste

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